segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma Mulher de Verdade

Vampiro vs Terrorista
 Quem assistiu ao debate realizado pela Rede Bandeirantes de Televisão, com certeza esperava ver um candidato tucano muito mais seguro, e no controle da situação. Ao chegar, José Serra disse que iria enfrentar pela primeira vez Dilma Roussef "de verdade", sem que essa pudesse se esconder atrás de ninguém, referindo-se indiretamente ao Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Todos os tucanos que estiveram  presentes, chegaram envoltos em arrogância. Sérgio Guerra, Índio da Costa, Gilberto Kassab e Alberto Goldmanb, achavam que a experiência de Serra iria colocar a "zé-ninguém" Dilma no bolso.
Mas logo que começou o debate, Serra viu seus planos irem por água abaixo. Todos os trunfos que ele achava ter na manga não surtiram efeito na candidata petista. Serra planejava usar assuntos obscuros como o caso Erenice Guerra e aborto, mas ficou nitidamente sem fala ao ser surpreendido por Dilma que usou os 20 segundos finais de uma resposta para falar sobre Paulo Vieira Souza ( o Paulo Preto ), que teria desviado R$ 4 milhões da campanha peesedebista. Ele não tocou no assunto até o final do debate.
Até na hora de falar sobre o aborto, assunto que virou arma tucana para atacar Dilma, Serra foi rebatido de forma dura. Acabou tendo que confirmar que quando ministro da saúde criou uma norma técnica que autorizava ao Sistema Único de Saúde ( SUS ) realizar aborto.
Visivelmente desequilibrado, Serra alegou que Dilma estava agressiva, e que essa era a postura de uma candidata que estava no limiar da derrota. Puro machismo recalcado por parte do tucano, pois com certeza não estava acostumado a ver uma mulher falar em tom tão duro com ele. Aliás descendente de italianos, Serra se assemelha muito a certo Caudilho aqui do estado.
Mas a Dilma que se viu nesse debate era a mesma Dilma que ficou presa entre os anos de 1970 e 1972, na OBAN ( Operação Bandeirantes ) onde passou por sessões de tortura. Uma Dilma segura, forte, combatente, sem precisar da "sombra de Lula".
Muitos poucos sabem que, ao contrário do que diz a propaganda televisiva de Serra, Dilma lutou sim, contra o regime militar, participando inclusive do Comando de Libertação Nacional ( o COLINA ).
Estranhamente, tanto os tucanos quanto parte da imprensa nacional, ao falar de regime militar cita Serra como um herói, mas fala de Dilma como guerrilheira e criminosa. Dois pesos e duas medidas.
E mesmo quando Serra achou que Dilma já havia cessado seus "disparos", ela nocauteou de vez o tucano ao falar sobre a campanha caluniosa e difamatória de Índio da Costa.
A candidata poderia ainda ter falado sobre Mônica Serra ( chilena naturalizada brasileira, e esposa de Serra ) que saiu dizendo que Dilma "é a favor de matar criancinhas", e que dava o tom da campanha tão baixa que vêm fazendo os tucanos.
Mulherzinha mais charope, sô...
 No fim, enquanto Serra falava sobre sua já saturada carreira política, Dilma terminou dizendo que não está fazendo uma campanha pautada no ódio, ao contrário usa a tolerância, a maior virtude do brasileiro.
Vale lembrar que usar temas religiosos, está sendo comum do lado tucano, mas a petista já disse que " O Brasil não é um país de ódio religioso". Serra pelo visto, como anda bem pouco pelo Brasil ainda não descobriu a diversidade da religiosidade brasileira.
A única conclusão que se pode chegar com esse debate, é que mais uma vez a arrogância dos políticos ligados ao PSDB e ao DEM, subestimaram a capacidade desta mulher, que já mostrou ser realmente "experiente" o suficiente para continuar o que vem sendo feito no governo Lula. Ao contrário de Serra que num dia vai ao cartório assinar que não concorreria ao governo de São Paulo, para no outro sair como candidato.
É hora, agora de o povo brasileiro escolher entre os dois candidatos quem será o sucessor de Lula.
Sera o "Tucano de mil e uma Faces" contra uma "Mulher de Verdade".

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