Eu senti vergonha de ver no comando do país, um elemento sem qualquer qualificação educacional, sem qualquer habilidade política e sem qualquer senso de responsabilidade;
Eu senti vergonha das palavras ofensivas, carregadas de ódio, impropérios e palavrões ditos sem qualquer respeito para quem os ouvia;
Eu senti vergonha do chefe do executivo se esconder atrás da tela de um computador, para destilar seu ódio, disseminar mentiras, ofender e fugir da imprensa;
Eu senti vergonha ao ver o total descaso, desleixo, negação e descrédito quando da necessidade no combate para a maior crise sanitária mundial;
Eu senti vergonha no negacionismo do mandatário, na sua incredulidade, na ocultação da verdade para o tratamento da pandemia, apelidado por ele como “gripezinha”;
Eu senti vergonha do presidente do país em sua total falta de compaixão, empatia e solidariedade com as famílias de mais de 670 mil irmãos brasileiros mortos;
Eu senti vergonha de ver o mandatário do país tripudiando das pessoas doentes, com imitações criminosas da ausência de ar ou de tosse;
Eu senti vergonha de assistir um despreparado dirigir a saúde do país, sem saber ao menos do que se trata uma seringa ou balão de oxigênio;
Eu senti vergonha do meu país, ter uma quadrilha oficial para contrabandear árvores e madeiras da floresta nativa de nossa terra;
Eu senti vergonha de ver um lobista financeiro internacional defender as grandes corporações e fortunas, para destruir as pequenas e médias empresas que movimentam o Brasil;
Eu senti vergonha em ver que MERCADORES DA FÉ, APÓSTOLOS DO CAOS abandonaram sua gente, durante a pandemia, sem demonstrar qualquer sentimento de compaixão, solidariedade ou fé;
Eu senti vergonha em assistir uma reunião ministerial, recheada de ódio, falsidade e canalhice, sem qualquer respeito com o cerimonial executivo e com a liturgia dos cargos ocupados;
Eu senti vergonha em ver o presidente do país atacar e ofender mulheres, o maior património da vida, sem qualquer motivo ou fundamento no mínimo razoáveis;
Eu senti vergonha em ver o mandatário atacar, ofender e discriminar brasileiros por causa da cor da sua pele ou de sua origem étnica ou por sua orientação sexual ou pelo seu peso corporal;
Eu senti vergonha pela disseminação diária por parte do executivo de falsas promessas, mentiras ideológicas, filosofias criminosas e ataques infundados contra a imprensa;
Eu senti vergonha de ver florescer o maior pacote de corrupção financeira oficial via algo vergonhoso, secreto e despudorado;
Eu senti vergonha de um governo que pregou transparência e coloca sigilo de 100 anos em todas as suas falcatruas;
Eu senti vergonha de ver o Exército de Duque de Caxias e de meu pai - um herói de guerra, ser subjugado pela ideologia e por interesses diversos;
Eu senti vergonha de ter feito uma formação militar, ao ver o Exército acomunado com o partidarismo ideológico;
Eu senti vergonha ao ver a EDUCAÇÃO, a maior ferramenta do desenvolvimento social, ser jogada no lixo, por um governo absolutamente incompetente;
Eu senti vergonha em saber que a CULTURA, a força da expressão de um povo, ser abandonada e escanteada por elementos sem qualquer qualificação para sua gestão ou preparação emocional;
Eu senti vergonha em ver a CIÊNCIA, o ápice da educação de um povo, ser achincalhada e atacada pelo presidente do país e seus asseclas, imbecis de paletó e gravata;
Eu senti vergonha de ver a bandeira do Brasil, maior símbolo nacional, ser utilizado como capa de chuva ou capa de tampa de motores automotivos, por gente que não faz a menor ideia do valor do pavilhão nacional;
Eu sinto vergonha pela cegueira ideológica e apologia de um lema fascista na idolatria fundamentalista de um tema de campanha partidária, absolutamente extremista em tratar DEUS, PÁTRIA e FAMÍLIA de forma distante da realidade. DEUS nunca está acima de nós, pois como Ele ensina na própria oração, sempre está no meio de nós; a PÁTRIA é a Re-União de todo agrupamento social de um país, sem qualquer tipo de distinção, discriminação ou diferenças; FAMÍLIA é a união de pessoas em torno da explosão do amor, sem a necessidade de qualquer formatação ou modelo e, absolutamente livre de qualquer conceito ou preconceito por causa do sexo, cor da pele, formação cultural, característica étnica ou capacidade financeira;
Eu sinto vergonha de ver amigos e parentes, obcecados pelo ódio e corrompidos pelo fanatismo ideológico, fazerem manifestações imbecis por um golpe militar, quando não fazem a menor ideia do que se trata um Estado de Exceção; uma situação de restrição de direitos e concentração de poderes que, durante sua vigência, aproxima o País sob regime democrático do autoritarismo;
Eu sinto vergonha de depois de 4 anos deste governo, o BRASIL ser tratado como um lixo de nação, um pária e de ver a população sem qualquer conquista de valor e ainda termos milhões de irmãos desesperados pela fome.
Que eu possa ter nos próximos 4 anos, um pouco mais de possibilidades de não sentir tanta vergonha de ser brasileiro.
TEXTON DE:
MARCELO KIELING
Jornalista, Bacharel em Ciências Contábeis, Cursos de Extensão em Comunicação, Gestão, Comércio Exterior, Administração, Marketing e 2º Tenente R2 do Exército Brasileiro.