Mauro Cid está preso desde maio, sob suspeita de adulterar o cartão de vacina de seu antigo Don.
No celular, foram encontradas mensagens trocadas entre apoiadores de Bolsonaro a favor de atos golpistas e de um Golpe de Estado objetivando a permanência de Bolsonaro na presidência por tempo indeterminado.
A PF descobriu que Mauro Cid enviou para um contato identificado com seu próprio nome um documento contendo instruções para desconstruir instituições democráticas, como título de “Forças Armadas como poder moderador”. O texto sugere declaração de estado de sítio. A PF não conseguiu identificar a origem do documento cujo arquivo foi criado em 25 de outubro de 2022.
Segundo o arquivo, essas medidas iriam ser tomadas após a autorização de Bolsonaro.
O documento no celular de Cid também diz que havia “ativismo judicial” e critica ministros do STF e do TSE, acusando os ministros por terem cometido “violações da prerrogativa de outros Poderes”.
Cid também manteve conversas com militares sobre possíveis ações golpistas. Em dezembro, o coronel Jean Lawand Junior, do Alto Comando do Exército, conversou com Cid sobre uma tentativa de convencer Bolsonaro a tomar o poder de maneira autoritária.
“Pelo amor de Deus, Cidão, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara.”
Disse o coronel em um áudio enviado a Cid, que respondeu:
“Mas o presidente não pode dar uma ordem... se ele não confia no ACE ( Alto Comando do Exército )”.
A PF ainda descobriu outra mensagem de Lawand para Cid.
“Cid, pelo amor de Deus, o homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do Exército não está com ele, de Divisão para baixo está”.
Em 21 de dezembro, a última troca de mensagens entre os dois. Lawand escreveu:
“Soube agora que não vai sair nada. Decepção irmão. Entregamos o país”.
Cid respondeu:
“Infelizmente”.
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