O Velho Gonzagão já dizia: "Minha vida é andar por esse país, pra ver se um dia descanso feliz, guardando as recordações das terras onde passei, andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei...".
Se em cada canto construído e povoado desse país, teve as mãos do povo nordestino nela, empoeiradas e até sangrando, teve o toque do povo mais sofrido e ao mesmo tempo mais lúcido que o Brasil possui.
E com tudo isso, vive diariamente na tumba xenofóbica da classe sudestina, aquela região de Belo Horizonte até o Chuí, onde eles (pensam!) que reinam, onde não engoliram jamais a ascensão de um nordestino ao posto de presidente da República, onde sempre defecam a frase: "Quem eles pensam que são?".
Lembram quando as passagens aéreas começaram a ficar mais acessíveis?
Pois bem, ao invés de comemorarem o fato de poderem sempre usurfruir com mais frequência esse serviço; o ódio fascista ao nordestino (e aos negros também!) falou mais alto e chovia insultos xenofóbicos / racistas / misóginos em tudo quanto era canto desse país; com maior volume justamente entre Belo Horizonte até o Chuí; quanto mais ao sul pior era a raiva, quanto mais pele branca pior era a raiva, quanto mais a renda pior era a raiva.
Boa parte dessa corja que veste camisa amarela (que horror!) e pede intervenção militar por não aceitar (mais uma vez!) a eleição de um nordestino a presidência da República, são os mesmos que chamavam aeroporto de rodoviária.
Esse ode nazi-fascista da Faria Lima tem que ser erradicado; para o bem e futuro desse país.
TEXTO DE:
Thiago Muniz
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