Como disse Roberto de Carvalho: "Pai, filhos e ESPÍRITA SANTA!"
Depois de muita luta em decorrência do câncer, partiu Rita Lee. A integrante feminina da melhor banda de rock brasileiro de todos os tempos: Os Mutantes. Integrante assídua do movimento Tropicalhista, soube e processou a sua maneira a criar o seu estilo próprio artístico, com uma parceria fenomenal com seu fiel escudeiro e marido até o fim de seus dias Roberto de Carvalho canções antológicas.
Ela queria ser desde sempre um espírito livre, ainda que paparicado, com uma retaguarda forte e uma irresponsabilidade infantil que permeou os seus 75 anos de idade.
Rita Lee viveu uma vida de almanaque, e foi como um almanaque que ela decidiu contar sua vida em livro, ainda que a prosa seja errática e a memória, um pouco enevoada.
Quando penso que isso é bom, eu penso em Rita Lee. Quero cantar São Paulo, quero cantar nosso tempo. Mais fundo e mais simples, quero cantar e mais nada. Cinquentões adolescentes ganhando no braço do baixo-astral do Brasil, se nossa “menopausa (sic!) criativa” for assim, welcome seja! Para sempre teu.
Mais ou menos naqueles tempos meus de jovem eu descobri outra garota, um pouquinho mais velha, mas também ruiva, sardenta e de pernas muito longas. Ela se chamava Rita Lee, por quem eu me encantei aos 10 anos, em 1993, quando ouvi pela primeira vez no toca discos de meu pai a canção Fruto Proibido, um dos grandes álbuns da história do rock brasileiro, gravado com a banda Tutti Frutti. A capa do LP, em tons de rosa e lilás, trazia a ex-Mutante em uma encarnação glam rock tupiniquim, com os cabelos vermelhos e picotados à la David Bowie. Aos meus olhos, ela não era uma cantora ou uma pop star: nela, eu enxergava uma super-heroína, saída dos gibis e dos desenhos animados.
Muito amor e sexo! Dejá vu musical.
TEXTO DE:
Thiago Muniz
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