sexta-feira, 14 de julho de 2023

Chorume Intelectual dos postulantes ao cargo de Bolsonaro 2.0

 
Com a inegibilidade do cramulhão que sofre de uma espécie de entropia intelectual, uma variedade de indefécteis criaturas se apresentam como seus possíveis substitutos, tanto na liderança do bozofascismo, como para a candidatura à presidência da República em 2026.

Há também, candidatos a referências intelectuais do movimento. O que obviamente requer pouco intelecto, porém, muito cinismo.

Vamos começar pela primeira categoria.

Vendo que o atual governador de São Paulo se destaca no campo da direita (aquela que nada tem haver com a desgraça que segue mito descerebrado apelidado de extrema-direita), uma seleta coleção de sumidades à avessas se assanhou como lambaris na sanga, e passou a dar piscadelas ao nazismo tupiniquim.

Rogério Marinho, senador, chorou pelos marginais presos durante a tentativa mequetrefe de golpe no 8 de janeiro, e deu um discurso digno de se usar como higienizador pós ida ao banheiro. Terminou o vomitório dizendo que se prontifica a ser o estrategista da "extrema-direita".

Mas ele não foi o único, o general Hamilton Mourão também se colocou como uma espécie de referência intelectual do movimento. Citou autores tentando costurar uma linha de raciocínio que foi corroborada por um dos meninos de Bolsonaro, que óbvio não entendeu foi coisa nenhuma do que disse o ex-vice-predidente, até porque não havia sentido lógico na fala do general. Não satisfeito, Mourão bancou o sabidão ao dizer que nunca havia visto golpe com minuta, pois havendo força para se realizar um golpe, não haveria motivo para uma minuta de golpe (se referindo a minuta de golpe encontrada no celular de El Cid).

(Não querido, Mourão. A minuta não é causadora do golpe que foi tentado. A minuta seria uma versão burra e vagabunda de AI-5 que iria referendar o golpe que seria consumado após a convocação de uma intervenção tresloucada no TSE que seria realizada pelos militares fiéis ao boçal idolatrado.)

Na esfera dos "não-presidenciáveis", o destaque político ficou para Gustavo Gayer e suas divagações racistas baseadas em supostos testes de QI em macacos. A teoria do deputado é tão burra e mentirosa que não perderia seu tempo, caro leitor, reproduzindo aqui.

Não podia faltar a ala religiosa do grupo, muito bem representada por ex-cantor gospel que virou pastor, e que o nome nunca lembro devido a sua insignificância. Em um stand-up nos EUA, ele fez alegações que beiram a psicopatia, incentivando os presentes a sair matando homossexuais para fazer o "serviço sujo que Deus desistiu de fazer". Para se defender da repercussão negativa, disse que ele não vivia debaixo da Constituição, mas debaixo das leis do céu. Óbvio, invocou a Primeira Emenda Americana (que não é nem da Bíblia, diga-se) como referência literária.

Seria mais do que suficiente o que você leu até aqui, para se impressionar com a capacidade dos pupilos do "farinha raivosa" em imitar seu grande líder. Porém, falta a cereja do bolo. A pedra de coroa da obra em questão.

E o prêmio de imbecil do ano (pois sinceramente duvido que seja superado até 31 de dezembro), vai para Tiago Pavinatto.

O suposto comunicador da TV Jovem Pansonaro, pediu no ar a prisão da senadora Soraya Thronicke.

Para ele, a senadora terá cometido CRIME DE TORTURA, contra o coronel golpista El Cid, durante seu depoimento em CPI.

O apresentador ainda teve a capacidade de gritar que falta homens para mandar prender na hora a senadora.

Pelo visto, para ele, uma mulher inquirir um homem com tamanha coragem (independente de ela estar certa e o canalha errado), deveria ser suficiente para mexer com os brios dos homens de verdade na Câmara.

Eu o chamaria de sexista, porém ele diria que eu acabei retirando sua fala de contexto, portanto, vou me limitar a lhe chamar de burro, apenas.

Bolsonaro terá muito trabalho para escolher seu sucessor, pois é mais do que evidente que todos eles se esforçam o máximo possível para impressionar o grande mestre.

Haja estômago para aguentar tanta defecância intelectual.

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