segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Bolsonaro Pode Cair No Mesmo Erro do PT

Não é nenhuma novidade, que campanhas eleitorais, em sua grande maioria, são sempre marcadas mais pelos absurdos do que pelas propostas dos candidatos ao cargo que é concorrido.

Nesses últimos anos, onde a Internet se tornou a protagonista dos processos eleitorais, superando até mesmo a TV, é possível ver alguns absurdos, que a Justiça Eleitoral pode não considerar crime, mas que chegam a enojar as pessoas mais ponderadas.

Um dos últimos casos, foi o ataque a uma página de Facebook chamada de "Mulheres Unidas Contra o Bolsonaro".

O fato de haver uma página de apoio a um candidato, não interfere de forma considerada criminosa pela Justiça Eleitoral, no processo eleitoral. E a existência de uma página contra uma candidatura, também não é considerado crime.

A não ser é caso que a página seja usada para disseminar calúnia, injúria ou discurso de ódio, etc.

A um sem número de páginas contra o PT ( Partido dos Trabalhadores ), por exemplo, que diariamente compartilha conteúdo sobre as prisões e as acusações criminais contra integrantes do partido. E fora as idiotices sobre "Ursal", tudo isso é muito normal, afinal, é compartilhado conteúdo amplamente já publicado por mídias jornalísticas de grande circulação.

O fato de uma página contra o candidato Jair Messias existir, publicando vídeos onde ele mesmo dá declarações "exóticas", ou debatendo se ele foi ou não idiota ao declarar tais bizarrices, deveria ser considerado também normal dentro desse processo comum.

E o fato de apoiadores menos honestos do candidato ( que alertamos desde já, NÃO TENHAM LIGAÇÃO DIRETA COM O MESMO ), atacarem a página, hackeando dados dos administradores e tentando modificar a página, mesmo sendo um ato criminoso, também é um ato previsível, e que deveria ser resolvido pelas autoridades competentes.

O que deixa uma certa revolta não é o fato de grupos apoiadores ou contra candidatos se atacarem mutuamente, muitas das vezes ultrapassando limites do tolerável. Mas sim, o fato de o filho do candidato, além de apoiar tal crime, ainda tente justificar o procedimento.

Lamentável que Eduardo Nantes, deputado federal candidato a reeleição pelo PSL, não tenha tido vergonha de publicar em suas redes sociais mentiras sobre o ataque.

Eduardo que é filho de Jair, deveria ter no mínimo condenado tal ato, pois afinal foi um crime. E o histórico discurso da família sempre foi de punição exemplar contra criminosos.

Porém, o que lamentavelmente se vê, é que no caso de o crime beneficiar a família, o discurso é outro.

Jair é líder nas pesquisas de intenção de voto, porém, pode estar caindo no mesmo erro do PT.

Qual?

Ora, o PT, acostumado com as seguidas vitórias, passou a desprezar parte do eleitorado que para ele não lhe servia por discordar de alguns de seus ideais.

O resultado foi o impeachment de sua presidente, e a atual rejeição a sigla.

Para Jair, qualquer eleitor que questione um ou outro ponto de seu projeto de governo, automaticamente já é taxado de "esquerdisto comunisto".

Os eleitores do Jair, se acostumaram a ofender e humilhar os eleitores dos outros candidatos, taxando-os todos de "pitistas".

Um eventual segundo turno pode ser decidido não pelos melhores planos de governo ou pelas melhores propostas.

Mas sim, pela rejeição ao candidato que acha que todos os eleitores dos demais candidatos não devem ter direito a um mínimo de respeito.

E o simples fato de existir uma página que causa tanto desconforto na base de Jair, a ponto de ser atacada, demonstra que essa atitude pode custar um preço muito caro lá na frente.

Ou alguém mais próximo ao candidato lhe abre os olhos, ou ele amargará uma derrota no segundo turno, não para um candidato melhor, mas para o eleitorado menosprezado e humilhado.

Os mesmos que se sentiram abandonados ou traídos pelo PT, e não o querem mais, mas não querem saber de PMDB ou PSDB, podem se cansar de serem ofendidos e humilhados e acabarem votando para alguém mais "cavalheiro", mesmo que todos os planos de governo sejam bem parecidos.

 Mas, se conselho fosse bom, não se dava, se vendia.

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