quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Consciência Negra

Será (ô será!) que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será, oh, será
Que a Lei Áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão…
(MANGUEIRA, Estação Primeira de;
Carnaval 1988)

No dia da Consciência Negra, reafirmamos a luta pela valorização das nossas raízes, pela igualdade e pela reparação histórica.

Devemos nos comprometer a seguir enfrentando o racismo estrutural que ainda persiste. A resistência é nossa arma e a memória é nossa força.

Celebramos Zumbi, Dandara, Donga, Paulo da Portela, Harriet Tubman, Tia Ciata, Ruth de Souza, Ângela Davis, Malcom X, Pelé, Jesse Owens, Muhammad Ali, Luiz Gama, Machado de Assis, Grande Otelo, Zezé Motta, Milton Santos, Jorge Aragão, Maria Firmino dos Reis, Mãe Menininha do Gantois, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Pixinguinha, Gilberto Gil, Marielle Franco, Martin Luther King, Conceição Evaristo, Elisa Lucinda, Abdias do Nascimento, Leci Brandão, Milton Nascimento, Glória Maria, Bezerra da Silva, Denzel Washington, Adhemar Ferreira da Silva, W. E. B. Du Bois, Alice Walker, Chica Xavier e tantos outros que abriram caminhos.

Também é um chamado à ação coletiva: avançar na garantia de direitos, combater as desigualdades e exaltar as conquistas da população negra em todas as áreas. Que cada passo dado seja um tributo aos que vieram antes e uma inspiração para as próximas gerações. A luta continua, e juntos construiremos um país onde a justiça racial seja realidade.

Como diz o professor Luiz Antonio Simas: “O Brasil construiu a ideia de país do futuro a partir do esquecimento do passado. É o contrário. O futuro depende da construção do passado; temos um enorme passado a ser disputado e construído. A pedra que Exu lança hoje não acerta os pássaros que ainda voarão. Ela acerta os pássaros que já voaram.

Para entender a situação dos afro-brasileiros hoje, é preciso compreender o processo de chegada de seus descendentes ao Brasil e os efeitos perversos da escravidão na vida dos africanos que para cá foram trazidos. Resgatando esse percurso histórico, é possível entender também o porquê da importância do Dia da Consciência Negra e da luta pela igualdade racial.

TEXTO DE:
Thiago Muniz

Nenhum comentário:

Postar um comentário