terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Polícia "não tô nem aí" Militar

Tarcísio de Freitas é um grande exemplo da célebre frase “Quem planta, colhe!”. Ele está colhendo o  fruto que ele plantou. É o chamado “Bem feito!” no jargão popular; quando ele disse “Tô nem aí” em declarações públicas, ele está falando diretamente também para a tropa dele, a política de segurança do “Tô nem aí!”, e a tropa se comporta claramente, principalmente para a população pobre, preta e favelada que não está “Nem aí”.

O problema não é só essa frase do Tarcísio, e sim o que o guarda da esquina ou o comandante da ROTA vai interpretar com essa frase. E o guarda da esquina está jogando trabalhador de cima da ponte, esse mesmo guarda que foi absolvido de um homicídio por legítima defesa com nada mais nada menos 12 tiros. 

Imagine um governador de Estado dizendo para a sua tropa “Não tô nem aí!”. É apito de cachorro para adestrar a tropa. É óbvio que o Tarcísio de Freitas não ordenou que o guarda jogasse o trabalhador de cima da ponte; não deve concordar com isso mas tem o DNA dele da responsabilidade política direta para com essas atrocidades, porque a tropa é o reflexo do seu líder direto. Um governador tem que ter muita cautela quando se fala, se pronuncia; é o seu dever.

E ele fez uma “mea culpa” dizendo que errou em suas análises sobre a câmera corporal dos policiais. Pois bem, essa retratação é a tal moderação da Faria Lima-Luciano Huck e do Centrão que apostam nele para 2026. Ele não fala diretamente para a população, ele se pronuncia diretamente para seus patrocinadores diretos. Moderação com sangue nas mãos não é moderação, é no mínimo um remorso a meia boca, até a página 2.

Aguardem para os próximos capítulos porque não se doutrina uma tropa do dia para noite, há métodos, há teorias envolvidas. E quando se permite misturar ódio, Bíblia na mão e teoria da prosperidade dentro dos quartéis boa coisa não virá. Administração do Caos total.

TEXTO DE:
Thiago Muniz

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