Durante uma apresentação a cantora Claudia Leitte mudou a letra da canção “Caranguejo”. Em determinado momento da canção a artista trocou as palavras “saudando a rainha Yemanjá” para “eu canto meu rei Yeshua”, que significa Jesus em hebraico.
Tal postura fez com que muitas pessoas ficassem chateadas com a cantora, até porque não é a primeira vez que isso acontece. Em fevereiro deste ano, durante outro evento, Claudia fez a mesma mudança e à época os mesmo questionamentos sobre a postura dela também geraram polêmica.
Se você perguntar a ela, agora, dentro da casa dela, entrevista exclusiva no Câmera Record com o Roberto Cabrini, sem raiva, rancor, sem ressentimento algum, você colocar a mão no ombro dela e perguntar porque ela trocou a letra da música de Yemanjá, para Yeshuá, o que gerou uma polêmica no meio de um show, decepcionando milhões de pessoas, ela vai dizer exatamente isso: “Eu fiz porque eu creio que Jesus é o rei das águas, dos mares, da Terra, e não Yemanjá.” É isso meus senhores. Claudia Leitte é CRENTE. E o crente serve para crer. E ela faz apenas o que crente faz: CRER.
E ela crê na doutrina evangélica neopentecostal, invasiva, impositiva, que diz que Jesus é o dono da coisa toda. Que o Brasil é do senhor Jesus.
Portanto, é objetivo da Igreja levar o nome de Jesus a toda pessoa, povo e nação, em outras palavras, SUBJUGANDO, IMPONDO, DETURPANDO e TRANSFORMANDO toda e qualquer cultura, pensamento, poder que se recusa a servir essa ideologia. Isso tem um nome: Teologia da Prosperidade e Domínio.
Claudia Leitte acredita, de fato, que essa é a missão dela, como crente em Cristo; assim como os Atletas de Cristo que induzem apontar os braços para o céu assim que condensa um gol. Ela acredita real. Ela não é contra ninguém no mundo, em tese. Ela só é radicalmente a favor de um Jesus que ela aprendeu que vai dominar a Terra.
Ela deve ter chegando em casa e orado, entregando a Deus todas as “hostilidades” que fazem contra ela. Ela realmente pensa assim.
A Bahia está sendo um laboratório interessante de como um país rompe com a sua história para mudar o rumo, a mesma Bahia que começou o Brasil.
Baby do Brasil, no meio do carnaval, dizendo que o Apocalipse começou e devemos nos converter - teologia do domínio.
Netinho pregando arminha com a mão no trio elétrico - teologia do domínio.
Claudia Leitte mudando a letra - teologia do domínio.
O problema é que o Brasil está mudando. Antes, tinham os blocos de Carnaval de Jesus. Agora eles querem mais. Eles querem ser o próprio Carnaval. Querem a Estação Primeira de Mangueira cantando o hino da Assembléia de Deus, e dinheiro para financiar não é o problema, pagam a vista.
E vou te dizer, esse plano começou há 50 anos com Edir Macedo inaugurando a Igreja Universal do Reino de Deus pregando no coreto do Jardim do Meier. Eles venceram e seguem vencendo. Claudia Leitte, se processada, será mártir da fé e mais gente vai aderir a teologia.
O Brasil é do Senhor Jesus. O Deus da carnificina. Do policial no quartel ao traficante no Complexo de Israel. Do cantor gospel do púlpito a zona sul de Caetano Veloso.
TEXTO DE:
Thiago Muniz
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