terça-feira, 8 de outubro de 2024

Segundo Turno em Campo Grande terá duas candidatas da mesma malta

Duas mulheres decidirão a vaga de prefeita de Campo Grande.

Adriane Lopes ( PP ), que quer continuar no cargo herdado após a saída do ex-prefeito Marquinhos Trad, enfrenta a experiente ex-deputada e ex-vice governadora do estado, Rose Modesto ( União Brasil ).

Ter duas mulheres nesta disputa deveria deixar o campo progressista animado, porém, evidencia quão distante está a Esquerda campograndense de conquistar a simpatia dos eleitores.

Rose está longe de ter posições progressistas, pertencendo a mesma ala política de Reinaldo Azambuja, Eduardo Riedel, e caterva, que se intitulam liberais, mas que defendem apenas os interesses de grupos econômicos mais abastados.

Adriane tenta apoio das igrejas evangélicas, e tentando se apresentar como conservadora. Porém, foi rejeitada por seu grande ídolo, o ex-presidente anti-vacina, que no primeiro turno "trairou" seus apoiadores e não fez campanha para ninguém.

As duas são destituídas de carisma, não conseguem nem mesmo um sorriso sincero, não tem propostas concretas direcionadas aos mais pobres e desassistidos.

Os discursos se resumem a propor "fomento à economia da capital", "mais mobilidade urbana", "melhorias na saúde", etc, as mesmas coisas prometidas por anos e anos seguidos.

Como colocarão em prática estas promessas não explicam, até porque não foram questionadas durantes os péssimos debates do primeiro turno.

Como o eleitor de Campo Grande se auto-intitula conservador ( que significa se preocupar mais com a sexualidade alheia do que com os problemas da cidade), Adriene leva uma vantagem se reproduzir o discurso vazio, porém, envolvente dos bolsonaristas.

Temas como família, serão explorados ao máximo, como se prefeito não fosse um cargo administrativo, mas sim, espiritual.

Será um embate complicado.

Sendo mulheres, disputando a simpatia do eleitorado "conservador", dependerão da presença de homens na campanha.

Tirar o golpista que se suja de farofa do armário, seria uma arma de Adriane contra Rose em busca de votos, porém, isso traria com ele sua alta rejeição. Seria prudente apostar?

O tempo nos mostrará.

Outro fiel da balança pode ser o atual governador Eduardo Riedel. Que do seu gabinete poderia dar apoio a alguma delas. Nas ruas, em palanque é meio difícil, já que o governador parece ter alergia à público, se limitando a poucos eventos com fazendeiros e empresários. Talvez seja alérgico a povo...

Boa sorte as duas, neste segundo turno, já que para o povo parece ter faltado sorte nestas eleições, já que os candidatos, independente de sexo, eram todos iguais, na aparência, na cor, e no bolso.

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