segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Eleições 2024 - Rio e São Paulo

RIO DE JANEIRO

Eduardo Paes não foi reeleito agora em 2024; ele foi eleito em ainda em 2020 assim que venceu Marcelo Crivella. Soube montar uma rede ampla de apoio político em vários setores e ideologias, principalmente no viés evangélico neo-pentecostal e também políticos considerados Bolsonaristas.

Por mais que o município tenha territórios considerados de domínio miliciano, como a região da zona oeste por exemplo, Paes obteve ampla penetração na construção e realização de seus projetos, como o Anel Viário de Campo Grande, o túnel da Posse e o Parque Oeste. Esses projetos trouxeram uma gama política enorme para Eduardo Paes, onde culminou com a vitória em 1 turno.

Por mais que Alexandre Ramagem tivesse capital político oriundo de Jair Bolsonaro e financiamento quase que infinito do Partido Liberal, não obteve a quantidade de votos necessários para chegar ao segundo turno, onde era a meta inicial.

Ramagem não conseguiu uma votação completa dos próprios bolsonaristas, vide que não acreditavam em sua imagem política e creditaram apoio em Paes. O então voto útil em Eduardo Paes em detrimento a Tarcísio Motta com 4,20% obteve êxito.

SÃO PAULO

Uma das disputas mais acirradas de todos os tempos a meu ver; com Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal decidindo as 2 vagas praticamente no photochart.

Nunes e Boulos disputarão o 2 turno. Fico abismado que a eleição em SP será decidida com os votos que migrarão de Pablo Marçal, o coach picareta.

Isso é uma tragedia e uma tristeza democrática. Resta saber como esses votos serão migrados e como Marçal se comportará, vide que Nunes já declarou que não pedirá apoio a Marçal e Boulos vem de uma comprovação de não-uso de cocaína, proferida por Marçal em toda a campanha e nos debates.

O Bolsonarismo raiz versus neo-Bolsonarismo reacionário ao final da história se abraçam na lodo da tragedia grega; e até Tabata Amaral não apoiará Boulos, que ficará com uma missão complicada para o segundo turno, mas a esperança é a última que morre. Vence a democracia.

TEXTO DE:
Thiago  Muniz

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