domingo, 6 de agosto de 2023

Governo de São Paulo e as ações descabidas

 

Há coisas que precisam ser ditas mesmo que pareçam indigestas ou inconvenientes. E um dos temas indigestos do momento, é a capitulação submissa do governador carioca de São Paulo, Tarcísio "pele de cobra" de Freitas.

O governador que agiu ativamente na votação do arcabouço fiscal, passou por uma espécie de caminhada da vergonha de Jane Shore, diante de bolsonaristas enraivecidos. A humilhação pública foi comandada pelo próprio Lorde da Farofa, ex-presidente da República, derrotado nas urnas que tentou fraudar com ajuda de hacker e deputada federal espanhola.

Porém, a humilhação pública do atual mandatário do estado mais importante do país não logrou êxito. O arcabouço fiscal foi aprovado com votos inclusive de políticos simpáticos ao nazibozismo.

Acontece, que de trouxa, o governador só tem a cara cuja pele parece caixinha de areia de gato.

Uma das coisas que interessa aos homens públicos é a economia política, que resumidamente significa o que pode ou não dar retorno eleitoral (não confundir com a ciência academica).

Sabendo que desagradar mandrião das farinhas pode causar uma enorme perda de votos, o governador tratou de elencar uma série de ações que atraem a simpatia desta parcela deplorável do eleitorado.

A ação policial no Guarujá, foi a das mais descaradas. Quem não se lembra das ações de Wilson Witzel ou de Cláudio Castro no uso político da Polícia Militar de seus Estados? Nas mãos destes camaradas, a PM deixou vários rastros de sangue.

Necessário se faz, abrir um parênteses aqui:
Sou defensor das Polícias de todo o país, e defendo que a política de segurança pública passe por uma revisão estrutural completa, para retirar os policiais militares das mãos de políticos oportunistas que usam a força policial não como uma importante peça do estado, mas como um mero braço político de opressão.

Na esteira da "chacina" no Guarujá, vem a notícia de que o estado de São Paulo não quer aderir ao Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) do MEC.

O governo informou que usará material próprio (o que pode significar, pelo que vemos, material ideológico), totalmente digital. Questionado sobre como os alunos estudariam em casa, a pasta que comanda a educação do estado simplesmente disse que os alunos deverão acessar a Internet. Quem não tiver Internet em casa, que corra atrás, ora bolas.

Ainda na área da educação, o governo de São Paulo quer instituir a figura do gendarme. O gendarme da educação seria uma pessoa encarregada de assistir as aulas ministradas por professores paulistas, para inibir o ensino de matérias "Esquerdistas, Comunistas e Subversivas".

Nem mesmo durante a ditadura tal absurdo foi feito.

Todas estas atitudes de Tarcísio "cara de concreto chapiscado" de Freitas, tem um único objetivo: manter a base eleitoral bolsonarista do estado de São Paulo.

Agora, entendam que isto não está sendo feito por lealdade ao necropolítico que não consegue dizer duas frases seguidas com contexto lógico que comandou nosso país entre 2019 e 2022.

O governador carioca/paulista sabe que o destino do farofeiro muito provavelmente é o ostracismo ou a cadeia, e portanto, se lança como um ideal sucessor do nazibozismo.

Ele mira a presidência da República. E para isso não terá a menor vergonha de lançar mão das mais nefastas políticas para herdar do ex-presidente o seu eleitorado.

Há apenas duas medidas possíveis para barrar a ascensão desta figura nefasta ao comando do país: o bom desempenho econômico do país comandado por ações acertivas do governo federal, e ações da justiça para barrar o mais rápido possível toda atitude deste governador que prejudica a população de São Paulo em busca de votos do eleitorado simpatizante do nazibozismo.

Não há outra alternativa.

Fora disso, sobram os debates infrutíferos que acabam dando ainda mais fôlego a esta caterva de facínoras.

Uma pena que a imprensa hegemônica tratará tudo como um mero debate ideológico lançando mão de reportagens e matérias recheadas de termos acadêmicos que só têm como resultado objetivo, o crescimento da simpatia dos brasileiros à anti-política.

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