Antes de tudo, precisamos deixar claro que o Partido dos Trabalhadores (PT) é o maior partido político da América Latina. É um partido que possui uma militância infinitamente superior a qualquer outra agremiação política do continente.
E continua sendo tudo isso apesar de toda a perseguião sofrida por parte da oposição, de todo fogo-amigo, de todas as armações do incompetente e suspeito e de toda (por sssim dizer) má vontade da imprensa hegemônica nacional.
O PT mostrou resiliência, e apesar de todas as tentativas de sua destruição conseguiu sobreviver.
Dito isso, o PT precisa entender a responsabilidade que tem neste momento histórico do país.
Lula, foi eleito pela terceira vez na democracia como presidente da República. E arrisco a dizer que se minha memória não me trai, seja o único na América Latina a ter realizado tal feito. Repito, falando-se em democracia.
Lula foi preso durante a ditadura, e depois de uma tragetória controversa foi eleito para o cargo mais importante da política brasileira.
Após dois mandatos, Lula viu o PT ser alijado do poder, com o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma.
Foi perseguido e preso por instâncias da justiça, sabidamente contaminadas. O simples fato de o seu algoz ter sido considerado insuspeito e incompetente, confirma essa tese.
Saindo da cadeia após 580 dias de uma condenação sem provas, Lula voltou a ser eleito para a presidência do país.
Lula construiu uma aliança democrática com diversas lideranças políticas de váriadas vertentes ideológicas. Lideranças tradicionais e emergentes.
Construiu uma condição mínima de governabilidade antes mesmo de assumir o cargo, conseguindo aprovar no Congresso Nacional a PEC da Transição.
PEC que inclusive salvou as contas do governo do farinheiro que não defeca.
Entrando no décimo mês de governo, Lula, apesar de alguns erros de percurso, conseguiu aprovar algumas reformas administrativas e políticas que podem desafogar o Brasil da lama em que estava se enfiando com a liderança do nazistinha da farofa.
Lula devolveu o Brasil ao cenário internacional colocando o país na condicão de protagonista e não mais na condição de pária da qual o ex-(des)governo se orgulhava.
Lula ascende como uma liderança mundial, durante as discussões levianas sobre o conflito da Ucrânia. Mostrando muito mais caráter que líderes mundiais como Biden, Putin e Zulensky.
Agora, durante o conflito entre Israel e o Hamas, que ocorre no território da faixa de Gaza, Lula atua de maneira excelente.
Lula chamou terroristas de terroristas. Lula cobrou a responsabilização das políticas de Israel em relação ao povo palestino. Lula repetidamente fez discursos em favor da Paz e do diálogo.
Em momento algum, foi subserviente a nenhuma nação acostumada a exercer o imperislismo moderno através da economia e do poder bélico.
Lula chegou a pedir diretamente ao presidente do Irã, Ebrahim Raisi, a libertação dos reféns feitos pelo Hamás. Lula teve a coragem de dizer ao maior financiador da célula terrorista que não ignora o fato e que não se furta do direito de lhe responsabilizar pelos ataques e pelas vítimas. Coisa que o mundo inteiro só faz através de matérias jornalísticas nebulosas e covardes.
E apesar de todo esforço de Lula em fazer o certo, o seu próprio partido torna-se uma pedra no sapato.
A nota do partido, escrita muito provavelmente com as nádegas, sobre os episódios ocorridos em Israel e Gaza, é um tiro no pé não do partido, mas do predidente Lula.
A nota digna de nojo, relativiza os ataques terroristas e de maneira burra e infeliz coloca no mesmo patamar Hamás, ANP ( Autoridade Nacional Palestina ), e o estado de Israel.
O PT tergiversa para não declarar como terrorismonas ações do Hamás, e chega a praticamente justificar as ações.
A única parte honesta do manifesto do partido foi a separação entre sigla e governo.
Para que fique claro, a nota é do PT, e não do governo.
Para quem ainda se faz de imbecil, vai a informação: o PT não governa o país. O PT é um partido político que faz parte do governo.
Quem governa o país é o excelentíssimo presidente Luis Inácio Lula da Silva, liderando uma ampla frente democrática com vários partidos. Contando, inclusive, com apoio de congressistas que hoje estâo filiados em partidos que assumiram a postura de oposição.
A Embaixada de Israel no Brasil, criticou a nota do PT, que respondeu com o bom e velho discurso que foi muito usado por certo delinquente que ocupou a presidencia ate pouco tempo: a desculpa do não foi isso que eu queria dizer.
Gleici Hoffman, aquela que defendeu o fim do STF voltou a abrir sua caixinha de besteirol e disse tudo que a bozosfera queria:
Que Israel é o responsável pelos fatos ocorridos e ataca a embaixada.
(nesse momento os bolsonaristas que deveriam estar se cagando com os julgamentos de oitras ações no TSE, aplaudem de pé a pauta entregue de mão beijada para servir de cortina de fumaça)
O PT ainda insiste em alegar que não tem interlocução com o Hamas, e que dialoga única e exclusivamente com a OLP ( Organização para a Libertação da Palestina ) e a ANP ( Autoridade Nacional Palestina ).
O PT não afirma dialogar com Israel. O que nos leva a supor que a sigla rejeita Israel apesar de alegar defender a coexistência entre dois estados livres: Israel e Palestina.
Não há como dizer que defende coexistência pacífica, negociando com apenas um lado e ignorando e atacando o lado oposto.
Neste momento, em que no país um grupo político sabidamente ligado estreitamente a movimentos nazistas, se aproveita da oportunidade para mentir que é totalmente apoiador de Israel e tenta atacar o goberno Lula, o mínimo que o PT deveria fazer, já que não vai ajudar, é calar a boca.
É hora de o PT se calar e parar de atrapalhar Lula e fortalecer o bolsonarismo.
Sob o risco de entregar o país em 2026 nas mãos de um Zema ou Tarcísio da vez.
Se isso acontecer, não me farei de rogado e direi: eu avisei, a plenos pulmões.