No Rio de Janeiro é difícil haver um dia sem tragédia.
Quando balas perdidas não destroem vidas e famílias, são os fuzilamentos.
Geralmente nas áreas periféricas, onde milhões de pessoas são oprimidas e humilhadas pelo crime.
Nesta quinta-feira, contudo, a monstruosidade trocou de logradouro. Ocupou a frente de um endereço luxuoso, o Hotel Windsor Barra.
Quatro médicos foram fuzilados à queima-roupa com mais de 20 tiros. Três morreram na hora. Um deles, ainda jovem, irmão da deputada federal Sâmia Bonfim.
Há duas linhas de investigação. Uma, óbvia, por vingança política. A outra, inusitada, por uma das vítimas ter muita semelhança física com um miliciano da região, aliás farra em exemplares do gênero. Ambas, claro, pela milícia.
O horror domina o Rio de Janeiro e banaliza a violência. Por aqui, a cada dia que passa parece que a única verdadeira democracia é a da morte.
Enquanto pessoas são fuziladas e a dignidade é destruída, há quem lucre com isso.
Quem são as pessoas públicas do Rio de Janeiro que sempre foram simpáticas à milícia?
Quem são as pessoas que deram medalhas a assassinos no Rio de Janeiro?
A resposta é muito simples. Basta querer encontrar.
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