De um lado, estão aqueles que alegam que o Brasil não se posiciona contra a opressão que o governo de Israel impõe ao povo palestino.
Do outro, aqueles que insistem na narrativa mentirosa de que o Brasil defende a organização crimonosa do Hamas.
O que não se lê porém é que o Brasil redigiu uma resolução se não impecável, ao menos realista e segura.
Acontece que nós estamos descobrindo que a organização cujo Conselho de Segurança, o Brasil preside no sistema rotativo, não serve para absolutamente nada a não ser realizar discursos.
A resolução proposta pelo Brasil, não colocava fim ao conflito, mas propunha uma série de ações que poderiam facilmente ser colocadas em prática.
Brasil, China, França, Albânia, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça, e Emirados Árabes Unidos votaram a favor da resolução proposta.
Rússia e Reino Unido se abstiveram de votar.
Mas, os Estados Unidos votaram contra a proposta e, como o país tem poder de veto, o texto foi integralmente reprovado.
Além dos Estados Unidos, outros quatro países tem poder de veto total de uma proposta independete do número de votos: China, Reino Unido, França e Rússia.
Observem a crueldade da situação. Mesmo com todos os países membros do conselho apoiando uma saída para os conflitos, basta a má vontade dos Estados Unidos para que as violências continuem.
E note, se Estados Unidos aprovasse a resolução, a Rússia rejeitaria.
Isso, porque, ao contrário do que muito se fala, nao importam as vidas israelenses ou palestinas. O que importa é manter o protagonismo nefasto nas relações internacionais.
E independente do bem e do mau, Estados Unidos e Rússia sempre estarão em posições antagônicas.
E, ao contrário do que a imprensa brasileira, sempre disposta a se entregar as narrativas norte-americanas alega, o Brasil não foi derrotado.
Os Estados Unidos terão de pela primeira vez justificar seu veto em uma reunião onde será questionado pelos membros do Conselho, inclusive membros observadores.
Até então, somente China e Rússia tiveram de justificar vetos anteriormente.
O que ficou claro, é que o Brasil manteve sua posição histórica que é exercida desde a determinacao da própria ONU, e do excelente trabalho de Oswaldo Aranha, de coexistência pacífica de dois estados livres: Israel e Palestina, cujo os territórios foram demarcados na segunda assembleia geral da própria organização em 1947.
O Brasil permaneceu fiel aos preceitos da paz, e ficou maior que a própria ONU, cujas regras permitem que o órgao seja um mero capacho de algumas nações.
Em resumo, ao negar a resolução brasileira não foi o Brasil o derrotado, mas a própria ONU demonstrou o quanto é inútil.
E a nossa imprensa igualmente mostra o quanto é inútil para debater questões mundialmente importantes por causa de sua subserviência a certos setores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário