Os limites da real politik e da política institucional do campo democrático-progressista estão aí:
Hegemonia absoluta da extrema-direita, da direita e do "Centrão" (direita fisiológica) nas eleições de 2024.
Está na hora da esquerda parar com a retórica liberal-institucional e voltar a debater um projeto nacional-popular, com a defesa de um Estado presente para o povo com plenos Direitos Sociais, combatendo a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.
Para combater o discurso meritocrático e individualista da direita, oferecer políticas de promoção de apoio aos micro e pequenos empresários e fomentar a ideia de que o Estado pode fomentar a prosperidade dos trabalhadores que queiram apostar em melhores condições de vida através da criação de pequenos negócios e, destarte, promover o bem-estar.
Sobre o discurso de costumes, é a hora da esquerda adentrar os ambientes religiosos com o discurso de justiça social contra o fundamentalismo religioso e enfrentar abertamente o discurso demagógico da direita nas igrejas, paróquias e sinagogas. E ao mesmo tempo, freiar a cultura "woke" dos Democratas dos EUA que invadiu os partidos da esquerda brasileira com o "excesso" do politicamente correto e do identitarismo, afugentando o eleitorado histórico e popular de esquerda para a direita.
Defesa dos Direitos Humanos, com a inclusão de minorias e com o discurso acoplado à ideia da defesa do amor ao próximo e aos direitos do povo brasileiro que não podem ser retirados! Um projeto claro de nação!
E em suma, voltar para as ruas, além das redes sociais! Fazer muito trabalho de base! Disputar intelectualmente com um projeto de emancipação nacional e em prol do povo brasileiro com a defesa dos direitos sociais consagrados na Constituição.
O discurso de mudança não pode estar monopolizado na extrema-direita. O papel do campo progressista é denunciar a incoerência entre os discursos e as práticas da extrema-direita a partir da perspectiva e do olhar do dia a dia do cidadão. Do trabalhador e do profissional liberal da classe média.
É isso, minha gente!
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