O arcebispo de São Paulo, Dom Odílio Scherer, determinou que o Padre Júlio Lancelotti não pode mais usar redes sociais e não pode mais transmitir missas pela internet.
Isso foi confirmado pelo próprio Padre Júlio. Não é boato, não é fofoca, não, é fato.
Lembrando que Dom Odílio, apoiou veementemente a ração humana criada por João Dória quando era prefeito de São Paulo, tentou distribuir para quem estava em situação de vulnerabilidade.
Uma igreja que vem perdendo fiéis ano após ano decide proibir transmissões que alcançavam pessoas do Brasil inteiro e até de fora do país. É uma escolha pelo silêncio. É a igreja escolhendo se esconder.
O Padre Júlio Lancelotti não é um padre qualquer. Ele dedica a vida à frente da pastoral do povo de rua.
Enquanto muita gente prefere aquele discursinho confortável sobre amor ao próximo, ele está lá na rua todos os dias, distribuindo comida, escuta, acolhimento, um mínimo de dignidade.
Recentemente, ele inaugurou uma biblioteca no bairro do Belém, em São Paulo, dedicada a pessoas em situação de rua. Três mil livros, rodas de conversa, incentiva a leitura.
Não é só matar fome, é devolver à humanidade aquelas pessoas que a sociedade insiste em tratar como se fossem invisíveis.
E é exatamente isso que faz o padre Júlio incomodar. Ele incomoda porque ele age, porque ele mostra a realidade das ruas. Incomoda porque ele usa as redes sociais para dar voz a quem não tem voz. Incomoda porque a mensagem chega longe demais.
E é aí que entra a censura.
Primeiro você tira a câmera, depois tira a rede social. Ninguém diz que você está proibido de existir, mas se garante que ninguém mais te veja.
Se você incomodar demais, se você der visibilidade demais aos pobres, se você levar o evangelho a sério demais, você vai ser silenciado. É um convite a se conformar, que ninguém ouse ser cristão demais.
Mas eu digo uma coisa para vocês. O padre Júlio vai continuar fazendo o que sempre fez, porque o que move esse homem não é cargo, não é status, não é instituição. É Fé, é compromisso com os esquecidos. E isso nenhuma proibição vai calar.
TEXTO DE:
Thiago Muniz

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