“90 milhões em ação, pra frente Brasil, no meu coração…”
Essa música foi numa época em que o torcedor brasileiro se engajava em torcer para a seleção brasileira, é claro que inflada pela propaganda da ditadura militar, mas independente disto se via que o jogador brasileiro tinha orgulho que vestir o manto amarelo.
Destes noventa milhões de população atualmente já passamos de duzentos. E o futebol pentacampeão mundial cada vez mais regride; em tese era para termos craques em quase todas as esquinas deste país.
Mas não. O modelo de negócio hoje é baseado em convocações através dos lobbys empresariais visando o lucro de transferência, onde normalmente a maior fatia fica para os próprios empresários. E a CBF que seria a instituição para intervir e defender convocações dos melhores jogadores, chancela esse plano de negócio.
Por mais que o último jogador escolhido melhor do mundo seja brasileiro, esse próprio jogador não consegue performar nem 50% do que faz em seu atual clube. É chato constatar isso mas temos uma geração fraca tecnicamente e mentalmente. Na maioria já são jogadores com grandes contratos e salários no exterior, fruto desse lobby empresarial; que não estão nem um pouco preocupados em defender a nação. Eles vão para a seleção simplesmente pela vitrine.
A selação tomou de 4x1 de uma seleção campeã mundial, uma Argentina muito bem montada, e com uma economia aos frangalhos, pois seus melhores jogadores não jogam dentro do campeonato argentino, alguns por serem filhos de ex-jogadores nasceram em outros países mas preferiram defender a seleção Argentina.
Muita coisa tem que mudar para o Brasil voltar a ser grande, valorizar e blindar a sua base, trazer as crianças de volta para os campos e várzeas. Mas pelo visto a perspectiva tenha sido outra, a visão política dentro da CBF falou mais alto com a reeleição do atual presidente.
Um 4x1 que poderia fácil ter sido um novo 7x1 e o Brasil não quis aprender a lição. Uma geração fraquíssima que não consegue sustentar ao menos uma provocação invocada por um dos maiores jogadores brasileiros nesse assunto; Romário; onde falava e cumpria o que dizia. Uma geração de jogadores preocupados em likes de redes sociais e contratos publicitários, alguns acusados em manipulação de resultados em sites de apostas.
Que vergonha CBF! Que vergonha ainda termos dirigentes de federações que se vendem por poupudas mesadas para que a engrenagem do sistema continue da mesma maneira.
Que pena futebol brasileiro, um dia já foi gigante, hoje não assusta nem um sabiá.
TEXTO DE:
Thiago Muniz