quarta-feira, 26 de março de 2025

Seleção da Vergonha Brasileira

90 milhões em ação, pra frente Brasil, no meu coração…

Essa música foi numa época em que o torcedor brasileiro se engajava em torcer para a seleção brasileira, é claro que inflada pela propaganda da ditadura militar, mas independente disto se via que o jogador brasileiro tinha orgulho que vestir o manto amarelo.

Destes noventa milhões de população atualmente já passamos de duzentos. E o futebol pentacampeão mundial cada vez mais regride; em tese era para termos craques em quase todas as esquinas deste país.

Mas não. O modelo de negócio hoje é baseado em convocações através dos lobbys empresariais visando o lucro de transferência, onde normalmente a maior fatia fica para os próprios empresários. E a CBF que seria a instituição para intervir e defender convocações dos melhores jogadores, chancela esse plano de negócio.

Por mais que o último jogador escolhido melhor do mundo seja brasileiro, esse próprio jogador não consegue performar nem 50% do que faz em seu atual clube. É chato constatar isso mas temos uma geração fraca tecnicamente e mentalmente. Na maioria já são jogadores com grandes contratos e salários no exterior, fruto desse lobby empresarial; que não estão nem um pouco preocupados em defender a nação. Eles vão para a seleção simplesmente pela vitrine.

A selação tomou de 4x1 de uma seleção campeã mundial, uma Argentina muito bem montada, e com uma economia aos frangalhos, pois seus melhores jogadores não jogam dentro do campeonato argentino, alguns por serem filhos de ex-jogadores nasceram em outros países mas preferiram defender a seleção Argentina

Muita coisa tem que mudar para o Brasil voltar a ser grande, valorizar e blindar a sua base, trazer as crianças de volta para os campos e várzeas. Mas pelo visto a perspectiva tenha sido outra, a visão política dentro da CBF falou mais alto com a reeleição do atual presidente.

Um 4x1 que poderia fácil ter sido um novo 7x1 e o Brasil não quis aprender a lição. Uma geração fraquíssima que não consegue sustentar ao menos uma provocação invocada por um dos maiores jogadores brasileiros nesse assunto; Romário; onde falava e cumpria o que dizia. Uma geração de jogadores preocupados em likes de redes sociais e contratos publicitários, alguns acusados em manipulação de resultados em sites de apostas.

Que vergonha CBF! Que vergonha ainda termos dirigentes de federações que se vendem por poupudas mesadas para que a engrenagem do sistema continue da mesma maneira.

Que pena futebol brasileiro, um dia já foi gigante, hoje não assusta nem um sabiá.


TEXTO DE:

Thiago Muniz

terça-feira, 25 de março de 2025

A Conmebol é Racista


Qualquer time brasileiro que joga por todo o território sul americano, seja do sul da Argentina até o pontal da Venezuela; sempre há um caso de racismo pesado para cima de brasileiros, como se quem falasse espanhol estivessem imunes de racismo, xenofobia é tudo o que for de fobias que o “Primeiro Mundo” impõe a nós sul americanos.

Quando vemos isso das torcidas já dói, até porque eles demonstram o quanto pensam de nós e seus devidos caráter, mas quando o presidente da Conmebol, Alessandro Dominguez em tom de deboche e sarcasmo declara que o Brasil saindo da Conmebol seria como o “Tarzan sem a Chita” só corrobora a prática de mais racismo pelo território sul americano. É um passe livre para a prática, que não haverá punições. 

Alguns jornalistas tentam apaziguar dizendo que o Brasil que é o Tarzan e fazemos novamente o famoso viralatismo brasileiro. Não! Não é o complexo de vira lata, só queremos respeito, será que é demais?

A intenção na fala foi intencional que até agora não há nem um esboço de retratação, é exatamente o que ele pensa, como ele age; já são 6 edições seguidas com títulos de clubes brasileiros, a hegemonia incomoda.

A Conmebol é racista e já faz questão de não esconder mais isso. Eu lamento demais pois estamos num momento conturbado de comportamento humano, onde o nazi-fascismo está entrando nos lares familiares de maneira branda e orgânica, e a instituição deveria seguir no sentido oposto para combater toda essa intolerância que está sendo promovida. Tempos de trevas, ódio e feudalismo.

TEXTO DE:
Thiago Muniz

sexta-feira, 14 de março de 2025

Vão culpar Lula e não haverá punição a delinquente

Que Gustavo Gayer é um completo imbecil, todos, inclusove seus eleitores, já sabem.

Aliás, quem votou nele, provavelmente o fez por pensar igual a ele. Sem mérito de juízo. Cada um é imbecil do jeito que preferir.

Mas, desta feita, o limite da imbecilidade foi levado a escala mais próxima possível da total loucura.

O deputado fez falas completamente ultrajantes contra Gleici Hoffmann, seu esposo, o deputado Lindbergh Farias e o presidente do senado, Davi Alcolumbre.

Alcolumbre já disse que acionou advogados para levar Gayer aos tribunais. E dizem que o presidente da Câmara Hugo Motta, telefonou para Gayer para falar algumas "verdades".

O problema é que, alguém realmente acha que haverá punição a esse delinquente intelectual?

Hoje existe até deputado preso por matar vereadora, cujo mandato está intacto.

Vocês realmente acham que Gayer será punido?

Pelo contrário, eles vão dobrar a aposta.

Enquanto os demais congressistas aceitarem esse tipo de coisa, pessoas como Gayer vão usar e abusar do seu direito a ser idiota.

O final será provavelmente porradaria no Congresso.

Aliás, diversas vezes já tentaram sair no tapa, mas a turma do "deixe disso", sempre esteve ali, para impedir.

Qual o limite?

Nenhum.

Vamos a história dos subúrbios...

Afinal, a culpa é do Lula, não é mesmo?

quinta-feira, 13 de março de 2025

Imprensa Acusa Lula de ser Bolsonaro (contém ironia)

Analise as duas falas abaixo:

"Você pode ver, não tem mulher bonita petista. Só fem feia. Às vezes, acontece quando estpu no aeroporto, alguém me xinga. Mulher, né? Olho para a cara dela e (nossa, mãe), incomível!"

"Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e do senado, porque uma coisa que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonota para ser ministra das relações institucionais, é que eu não quero mais ter dosfância de vocês..."

Olhando as duas falas, dentro do contexto em que foram ditas, fica evidente que Bolsonaro como sempre foi vagabundamente machista, enquanto Lula, de maneira simples diz apenas que Gleisi (uma mulher petista), não é feia como alegou o boca de bosta.

Mas o que a grande imprensa (principalmente a Globo, óbvio), fez?

Transformou a fala de Lula em uma das piores de todos os tempos.

Dizer que negros pesam em arrobas, que filhos homossexuais precisam apanhar, que mulheres merecem ou não ser estupradas, que garotas de 12 anos despertam coceiras nas partes baixas, é mera "liberdade de expressão", perto do que Lula disse.

Vou ser curto e grosso aqui:
O que a imprensa patrocinada pelo Mercado é tentar de maneira leviana e covarde, comparar Lula ao tolete de merda falante, e passar a ideia de uma polarização que no contexto real não existe.

Basta comparar o comportamento dos deputados e senadores do movimento bolsonarista em relação a todos os outros do Congresso, inclusive os que alegam ser do campo da direita.

Quem se comporta como animais selvagens o tenpo todo, sempre são os bolsonaristas.

O mesmo critério jogado na cara de Lula, não é usado por exemplo, contra o candidato do "extremismo de centro", o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A imprensa finge não ver a quantidade de merda que esse ser sabidamente covarde, diz.

Chega. Ninguém é besta.

A imprensa não vai conseguir fazer o mesmo jogo suho que fez no passado e acabou levando o verme de intestino preso à presidência do Brasil.

Não no que depender aqui desse canal.

Continuaremos com a defesa da verdade, e desmascarando essa leviandade covarde de uma imprensa nojenta.

terça-feira, 11 de março de 2025

A morte solitária de Gene Hackman

O que morre primeiro? O homem ou o mundo ao redor?

Gene Hackman morreu antes de seu coração parar de bater.

Teve fome. Teve sede.

E ninguém veio.

E então Gene Hackman, o grande Gene Hackman, morreu. Não de doença, não de fome. Morreu de esquecimento. Qual a verdadeira morte? A do último suspiro ou a do instante em que ninguém percebe a sua falta?

Gene Hackman morreu sozinho. Um dia, todos nós estaremos solitários no momento do encontro com o nosso destino final. É inevitável. Mas para Gene a morte chegou de um jeito mais lento, mais esquecido e doloroso. Ninguém bateu à porta. Nenhum amigo ligou. Nenhum familiar estranhou a ausência.

Betsy, sua esposa, morreu primeiro. Hantavírus. Uma doença rara, transmitida pelo pó das fezes de roedores. Pouco antes ela foi à farmácia e levou o cãozinho ao veterinário. Não sabia que aquelas eram suas horas finais, que seria abatida por algo mortal carregado pela poeira invisível, das coisas que existem e não se veem. Um dia ela estava ali, no outro não. Talvez tenha passado a manhã dobrando roupas. Talvez tenha planejado o jantar. E então veio a febre, o cansaço, o nada. De repente, o fim. Fulminante, sem aviso, sem tempo para despedidas e providências.

Gene ficou sozinho, sem entender. Por sete longos dias, perambulou pela casa sem saber o que fazer, sem lembrar como agir. Aos 95 anos, o Alzheimer já havia apagado parte de sua memória e a capacidade de pedir ajuda. Talvez tenha, no fundo da mente, sentido o vazio. Talvez tenha chamado por Betsy. Mas isso não se soube ou saberá, porque ninguém estava lá.

Ninguém veio.

O que acontece quando um homem se torna invisível?

Gene Hackman foi um dos maiores atores de Hollywood. Um ícone. O rosto duro, a voz grave, o talento bruto. Interpretou presidentes, assassinos, heróis. Foi duas vezes vencedor do Oscar, amado pelo público, respeitado pelos colegas. No auge da carreira, era forte, imbatível, voz que não tremia. Mas o que isso significa quando se tem 95 anos e se está sozinho e desamparado em casa? Quando a memória se apagou, o corpo está fragilizado e os amados ausentes?

A fama é um engano que o tempo desfaz.

O que resta quando o telefone para de tocar? Quando as pessoas presumem que você não quer ser incomodado? Quando a casa grande e confortável se torna um território de esquecimento?

De que vale um nome célebre quando se está idoso, doente e só?

A solidão não chega de repente. Ela começa no dia em que ninguém mais pergunta como você está. No dia em que as pessoas supoem que você já tem tudo, que está bem. O esquecimento vem devagar. Constrói-se aos poucos, como uma casa onde ninguém entra.

Gene – que não se dava ares de celebridade – buscou se distanciar de Hollywood. Escolheu o isolamento, apostou que a esposa, trinta anos mais jovem, o assistiria até o final. Acreditou que não precisava de um cuidador, enfermeiro ou outros empregados. Porém, o que durante muito tempo foi bênção, converteu-se em armadilha. A casa grande ficou menor. O silêncio ficou maior. A porta ficou fechada.

Ninguém bateu.

E o homem um dia visto por milhões, partiu sem que ninguém olhasse.

A solidão dos que vivem muito por vezes me assusta. A velhice é um país estrangeiro e inóspito. Ninguém quer visitá-lo sem garantias e medidas de segurança, mas poucos são os que ousam pensar no que acontecerá quando os dias se tornarem longos demais e as noites silenciosas em excesso. Raros são os que tomam decisões conscientes para que a vida não se dissolva quando não houver mais reuniões de trabalho, estreias, jantares com amigos, idas ao cinema.

Recolho em mim cada lição dessa tragédia: morrer é um caminho sem testemunhas; a fama, uma ilusão que se desmancha na poeira; o sucesso, um eco que não se sustenta; e escolhas para a velhice devem considerar vários cenários, pois a vida é mutável e imprevisível. Ela nos surpreende em uma esquina qualquer, com a sua maleta transbordante de espantos.

No fim, somos casas sem luz se não há quem bata à porta.


TEXTO DE:

Sonia Zaghetto

sexta-feira, 7 de março de 2025

Precisamos Modernizar Ainda Mais o Carnaval

Durante muitos anos, escrevi artigos sobre a necessidade de os desfiles das escola de samba no Sambódromo serem realizados em três dias. Finalmente, isso aconteceu este ano e, sem dúvida com muito sucesso.

Meu argumento era óbvio e se confirmou na prática. Toda infraestrutura do Sambódromo já estaria montada, e o impacto positivo de mais de um dia no chamado Grupo Especial da Liesa traria ganhos econômicos significativos para o evento, tanto pelo aumento na arrecadação de bilheteria quanto pela maior comercialização de camarotes e produtos. Além disso, ampliaria a visibilidade dos patrocinadores - tudo isso com uma medida simples e um custo marginal bastante baixo. Ou seja, com uma pequena mudança, tivemos um aumento de 50% na oferta do principal produto dos desfiles: o Grupo Especial.

A decisão acertada do novo presidente da Liesa, Gabriel David, embora tenha recebido críticas de alguns seguimentos, é extremamente positiva. No entanto, acredito que alguns ajustes poderiam ser feitos, e deixo aqui minhas sugestões. Tenho certeza de que o prefeito Eduardo Paes trabalhará em sinergia para aprimorar esse modelo.

O formato de três dias, com 12 escolas, ainda é insuficiente para evitar que algumas agremiações tradicionais sucumbam no futuro, especialmente diante do fortalecimento de novas escolas, não apenas da Baixada Fluminense ( Caxias, Belfort Roxo e Nilópolis ), mas também da região leste da Baía de Guanabara ( Niterói, São Gonçalo e Maricá ), que chegam com alto poder financeiro.

Dessa forma muitas escolas tradicionais do Carnaval, fortemente ligadas à cultura do samba, especialmente da capital - como União da Ilha do Governador ( com alguns dos sambas mais icônicos do Carnaval ), Estácio de Sá, São Clemente, Tradição, Império Serrano, Caprichosos de Pilares, entre outras - terão dificuldades para retornar ao Grupo Especial e tendem a desaparecer. O enfraquecimento dessas escolas teria um impacto cultural e social profundo, especialmente nas comunidades onde estão inseridas, pois elas funcionam como centros de encontro, lazer e valorização da cultura do samba. Diante disso, acredito que o modelo de três dias deveria evoluir de quatro para cinco escolas por dia, ampliando o Grupo Especial de 13 para 15 escolas.

Nessa nova composição, poderíamos inovar com a criação de um prêmio para cada dia de desfile (como se fossem chaves eliminatórias) e, no último dia - sábado, no Desfile das Campeãs -, teríamos a escolha do "Supercampeão", reunindo as três vencedoras de cada noite, que desfilariam junto com a escola vencedora do Grupo Série Ouro.

Esse último dia poderia incluir, além do desfile, uma grande roda de samba ou um show especial para o anúncio do resultado final, transformando o evento em uma verdadeira apoteose.

Toda grande festa precisa se modernizar e não pode se resumir a uma mera competição.

O desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí impulsiona e fortalece a cultura do samba e do Carnaval ao longo do ano em diversas comunidades. No entanto, à medida que essas escolas perdem seu espaço de destaque, vão se enfraquecendo, especialmente pela falta de seus históricos patronos.

O novo presidente da Liesa, Gabriel David, mesmo enfrentando algumas resistências, tem o vigor da juventude. Com o apoio do prefeito Eduardo Paes, certamente estará aberto a novas propostas e deve considerar essa situação. Caso contrário, há um grande risco de que muitas escolas tradicionais deixem de existir no futuro.

TEXTO DE:
Wagner Victer
Engenheiro, Administrador, Jornalista

sábado, 22 de fevereiro de 2025

STF e 34 réus pesos pesados:a maior ação penal da história do país

Se o STF receber a denúncia da PGR em face do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 34 indiciados, serão réus no mesmo processo um ex-presidente, dois ex- ministros da Justiça, um Almirante e diversos generais e outros militares de alta patente.

Em quase 150 anos de república isso é totalmente inédito. 

Em dado momento durante a persecução penal, os generais Freire Gomes e Carlos Baptista Jr (ex- comandantes do Exército e Aeronáutica) serão intimados a depor Como já foram ouvidos pela PF

Este será um momento de inflexão para a narrativa da defesa de Jair bolsonaro, que alega que a delação premiada de Mauro Cid foi feita sob coação.

Vamos admitir que Cid tenha sido coagido e jogar fora o depoimento dele.

O que faria os comandantes do Exército e da Aeronáutica acusarem o ex-presidente de ter convidado-os a participar de um golpe de Estado?

Não faz sentido. Por que acusariam falsamente o presidente que os nomeou para atuar em conjunto com o Ministro da Defesa?

Notem que a confiança de Bolsonaro no êxito do golpe e "lealdade" destes militares era tão grande, que os convidou. Convite esse que ambos recusaram e Freire Gomes alertou o ex-presidente que se este continuasse com aquela conversa, ele teria que lhe dar voz de prisão.

Vale recordar que o Exército é o braço das forças armadas que realmente tem o efetivo necessário para dar um golpe. Se Freire Gomes tivesse capitulado e deixado o legalismo de lado, se juntando ao Almirante Garnier, que topou a proposta, a tentativa de abolição do Estado democrático de direito teria prosseguido e possivelmente sido exitosa.

Em certa medida, as nossas instituições foram testadas e esgarçadas, e até pontualmente cederam, mas plano geral, resistiram e a ordem democrática foi mantida.

A apuração desta  tentativa de golpe de estado em processo criminal é inédita no país na medida em que podemos contar ao menos seis tentativas de golpe desde o final do século XXI em que simplesmente nenhum militar ou político realmente importante tenham sido punidos.

Esta ação penal será provavelmente a de maior impacto na história do país.


TEXTO DE:

Alexandre Gossn