domingo, 31 de outubro de 2010

O Antes e o Depois das Eleições 2010...

Há poucos meses, tudo indicava que José Serra ( PSDB ) seria o novo presidente da república. Dilma Roussef apareceu como a "candidata do Lula", e em uma pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em março de 2009, aparecia com apenas 11%, ao lado de Heloisa Helena. Na ocasião Ciro Gomes tinha 16% e Serra seria eleito com 41% dos votos.
Mas, durante o decorrer de 2009, Ciro acabou saindo da disputa, e Heloisa Helena acabou dando lugar a Plinio de Arruda Sampaio.
Enquanto isso, Dilma veio crescendo, crescendo, e começou a incomodar.
No primeiro turno tivemos 12 candidatos a presidente: Américo de Souza ( PSL ), Dilma Roussef ( PT ), Ivan Pinheiro ( PCB ), José Maria Eymael ( PSDC ), José Serra ( PSDB ), Levy Fidelix ( PRTB ), Marina Silva ( PV ), Mário de Oliveira ( PT do B ), Oscar Silva ( PHS ), Plinio Sampaio ( Psol ), Rui Pimenta ( PCO ), e Zé Maria ( PSTU ). De todos estes apenas 4 foram aos debates de televisão, o que é anti-democrático, mas ainda acontece no Brasil.
Com o passar dos meses, Serra se enrolou na campanha e acabou criando um inimigo perigoso dentro de suas próprias fronteiras: Aécio Neves.
Dilma começou a crescer nas pesquisas, e acabou passando a aparecer com mais intenções de voto que o tucano. Alguns institutos inclusive deram a vitória de Dilma no primeiro turno como certa, mas no dia 3 de outubro, a grande surpresa foi Marina Silva que obteve cerca de 20% dos votos, e forçou um segundo turno entre Dilma e Serra.
Só que Serra acabou acreditando que foi ele o grande responsável pelo segundo turno, e acreditou que ganharia a eleição. Acabou deixando de lado os outros estados, e fazia campanha apenas em São Paulo e Minas Gerais. E como nesse último estado tinha contra si, o magoado Aécio Neves, acabou ficando com menos votos do que acreditava.
Sergio Guerra ( presidente nacional do PSDB ), durante o segundo turno, agrediu de forma baixa e caluniosa os institutos de pesquisa, principalmente o Vox Populi. Usando termos de baixo calão, deixou claro que seu candidato ganharia, mesmo contra a vontade do povo representado nas pesquisas.
Campanhas caluniosas, táticas mesquinhas, declarações difamatórias, tudo foi usado pelos tucanos buscando enganar o povo, e tomar o poder a força. Até mesmo a chilena naturalizada brasileira Monica Serra foi as ruas vociferar contra a petista. Coisa realmente deprimente, ver uma mulher que se supunha a futura Primeira-dama, agir dessa maneira.
"Nos e-mails, contas do twitter, nas mensagens que fazem referência ao aborto enviados por essa campanha imunda nos assustamos diante do conteúdo e da percepção do quão baixa, agressiva e rasteira pode se levada a discussão sobre esses temas tão importantes. Fotos de bebês mortos sangrando estão expostas em alguns perfis de contas fakes no twitter, comunidades grotescas de estilo semelhante no orkut e textos horríveis mal escritos em letras garrafais xingam a candidata Dilma Rousseff de abortista, ‘assassina de criancinhas’, expressão que, segundo o Estadão, foi usada por Mônica Serra, esposa do candidato José Serra, num evento para evangélicos no Rio de Janeiro."
                                                                                             Luiz Carlos Azenha

A igreja entrou na campanha eleitoral. Não a igreja verdadeira, mas sim facções travestidas de igreja. Com panfletos, abordavam pessoas de todo o país, tentando transformar a adversária em um demônio.
Brincaram com assuntos sérios, como a fé e o homossexualismo, simularam agressões, inventaram mentiras sobre pré-sal e aborto, enfim, foram totalmente contra a democracia, buscando tomar o poder por força do medo e do ódio.
Uma pena, pois Serra se dizia o mais competente para comandar o país, mas na verdade, não soube sequer fazer uma campanha sem se sujar. Jogou toda sua "estória" pública pelo ralo. E não respeitou nem sua própria família, forçando até mesmo a esposa amada a fazer parte dessa triste página que escreveu em sua biografia, tão elogiada por tucanos e simpatizantes.
No fim, venceu o respeito, a verdade, e a vontade do povo brasileiro de seguir mudando.
Dilma já começou a trabalhar. E, como a roupa suja já foi toda lavada na campanha, resta agora passar e guardar bem lá no fundo do baú, as peças mais velhas, gastas, e que já foram muito usadas.

Vitória da Dignidade

Após meses de campanha eleitoral, o povo brasileiro escolheu para Presidente da República Federativa do Brasil, a candidata Dilma Roussef do PT ( Partido dos Trabalhadores ).
Dilma entra para a história do país por ser a primeira mulher a ser eleita presidente no Brasil. Fato que já havia ocorrido em outros países do mundo.
Foi a vitória do Nordeste sobre São Paulo. A vitória da parcela mais humilde da população sobre as elites  que se acostumaram a comandar o Brasil, desde a Proclamação da República.
E principalmente foi a vitória da verdade.
Durante todo processo eleitoral, o PSDB, praticou uma verdadeira campanha de difamação e calúnia contra a candidata adversária. Utilizando temas como aborto, religião e acusações infundadas de corrupção, tentaram transformar Dilma em um monstro.
Foram destribuidos panfletos em portas de igrejas, foram instalados centrais de telemarketing que ligavam para casas de todo o Brasil, alegando que Dilma era satanista, e até figurinhas obscuras mais famosas das igrejas acabaram fazendo ofensas contra a candidata. Essa campanha acabou atingindo até mesmo seu candidato a vice, Michel Temer.
Dilma, inclusive, foi taxada até de ser homossexual. Ou seja, desrespeitando até mesmo os homossexuais, o PSDB, usou a opção sexual de milhares de brasileiros como se fosse uma ofensa, uma afronta. Esqueceu-se porém que os homossexuais são também eleitores, e que seu voto tem tanta importância quanto o dos heterosexuais.
E no fim, no desespero da derrota teve na pessoa de José Serra, a pior de todas as demonstrações de covardia e canalhice, quando o candidato do PSDB simulou ter sido agredido por militantes do PT, quando na verdade foi atingido por uma bolinha de papel.
Não que atirar a tal bolinha fosse correto, longe disso, mas daí a tentar utilizar isso como foi utilizado, mostrou apenas que Serra realmente não serve para ser presidente do Brasil.
E o que dizer sobre a quebra dos sigilos de Serra e seus familiares?
Descobrimos que era uma armação vergonhosa orquestrada pelo então candidato a senador de Minas Gerais, Aécio Neves. Depois de ser arrancado da candidatura tucana à presidencia, Aécio armou uma vingança contra Serra. O PSDB então tentou jogar a culpa em Dilma, mas, poucos dias antes da eleição, a verdade veio à tona.
O PSDB aliás que de forma ardilosa havia conseguido tirar da chefia da Casa Civil o então Ministro José Dirceu, acabou colocando Dilma Roussef na história do Brasil. Famoso caso de "tiro no pé".
Mas deixando de lado os derrotados, vale a pena falar da eleita.
O Brasil elegeu uma mulher que durante a ditadura militar, lutou contra o regime torturador. Uma mulher que passou cerca de três anos sofrendo torturas no OBAN ( Operação Bandeirante ), para que entregasse seus aliados. Ela não desistiu. Após sair da prisão reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde finalmente ingressou na política. Ocupou vários cargos antes de chegar a chefia da Casa Civil, justamente para substitiuir o então cassado José Dirceu.
Em pouco tempo o Brasil acabou conhecendo  a verdadeira identidade de Dilma.
Ao lado de Lula, o filho do Brasil, construiu um país melhor para todos. Sem deixar nunca de atender as classes menos favorecidas, e sem se dobrar as pressões das elites economicas.
Agora, Dilma, escreverá mais uma página na história do país. Já é a primeira presidente mulher do Brasil.
E, não me surpreenderei se com certeza for também a primeira presidente mulher reeleita do Brasil em 2014.
Que Deus me ouça. Ela será a filha do Brasil.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vai que cola...?

- Já abriu o pacote de maldades...
Logo após as eleições do dia 3 de Outubro darem a vitória ao Caudilho, o pacote de maldades foi aberto. Pelo menos essa é a opinião do deputado estadual Paulo Duarte ( PT ).
E se levarmos em consideração que a primeira grande "obra" do governador foi encaminhar projeto para prorrogação do imposto chamado Fecomp ( Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza ) à Assembleia Legislativa, pode ser que o deputado esteja certo.
O Fecomp nada mais é que uma sobretaxação do ICMS ( Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ), em 2%. O imposto é cobrado em cima de produtos considerados supérfluos, como jóias, obras de arte, TV a cabo, telefonia, Internet, bebidas alcoólicas, cigarros e outros.
O que ninguém poderia imaginar, é que em toda a sua "ânsia de erradicar a pobreza" o ítalo-brasileiro iria tentar de forma baixa e esquiva incluir no inciso III do art. 41, as operações com energia elétrica destinadas a comerciantes, industriais, produtores e consumidores.
Na esperança de que os deputados acreditassem que o projeto tivesse o mesmo texto do apresentado anteriormente, quando o imposto foi criado, os redatores do projeto incluíram a energia elétrica no projeto atual, e encaminharam a Assembleia.
Se o deputado Paulo Duarte tivesse seguido os mesmos passos do deputado federal Nelson Trad que assinou a inclusão de cachaça na cesta básica sem ler, com certeza estaríamos hoje com mais uma taxação abusiva nos bolsos.
E não podemos esquecer que o Caudilho havia dito durante a campanha eleitoral que iria diminuir os impostos. Tratou-se apenas de mais um estelionato eleitoral tão costumeiro de nosso atual governador, pois foi ele mesmo quem disse na eleição anterior que não acabaria com vários programas sociais do ex-governador Zeca do PT, mas deixou centenas de pessoas que se beneficiavam com o Restaurante popular, por exemplo, sem sua refeição diária.
-Essa letra pequena, aqui? Não, não é nada...
Logo após o deputado Paulo Duarte denunciar a jogada obscura da ala governista, Youssif Domingos defendeu os "técnicos" do governo que redigiram o projeto dizendo que era Paulo Duarte quem estava tendo uma interpretação errada do que estava escrito. Mas logo após o deputado Jérson Domingues retirar a matéria da ordem do dia, Youssif prometeu que o projeto seria redigido de forma a corrigir esse pequeno "equívoco".
Que Andrea Puccinelli considere supérfluos serviços e produtos como telefonia, TV a cabo e Internet, até podemos entender, pois fazendo parte da parcela elitizada da sociedade, ele talvez considere que a população mais pobre não tenha direito a usufruir dessas superfluidades. Mas taxar o serviço de distribuição de energia elétrica, foi talvez, mais uma das famosas atrocidades que costuma cometer, infelizmente pautado por 56% do eleitorado sul-matogrossense, que talvez não visse problema em pagar mais um ou dois impostos que pretendia-se que acabassem.
Quem sabe o italiano não estivesse saudosista das lindas luminárias e lustres do século XIX, tão comuns em sua terra natal. E com a taxação a mais na energia elétrica tivesse esperança em ver várias delas espalhadas pelo Estado.
Mas como essas luminárias teriam de ser importadas, o Caudilho poderia considerá-las supérfluas, e taxá-las também, e assim estaríamos no mais vasto breu.
Breu, inclusive, que ele esperava cobrisse os olhos de nossos deputados.
Sorte que pelo menos um deles segue o conselho do famoso "Picarelli do céu":
Não assine nada sem ler!
-O André falou que o Duarte lê demais...

domingo, 17 de outubro de 2010

Então é Natal...

Assmbleia Legislativa

Pelo visto, após as eleições de 2010, o Natal já chegou em Mato Grosso do Sul. Pelo menos no que diz respeito aos administradores públicos. E com o Segundo Turno das eleições presidenciais, políticos do Estado aproveitam para cair de cabeça novamente na campanha, e assim, arrastar até o próximo ano, seus serviços na Assembleia Legislativa.
O PMDB-MS, partido do Caudilho eleito Andrea Puccinelli, realizou nos últimos dias uma peça de teatro, com enredo fraco, e final previsivo. Discutiu-se o apoio a candidata do PT a Presidência da República, Dilma Roussef. Após o primeiro ato, as cortinas desceram e o público presenciou o final tão esperado: continua o apoio ao tucano José Serra.
Mas, acredite quem quiser, o prefeito Nelson Trad Filho, seu vice Edil de Albuquerque, o vereador Paulo Siufi, e até o deputado federal Geraldo Resende vão apoiar Dilma.
Ao saber da notícia o senador Delcídio do Amaral ( PT-MS ), deve ter ficado surpreendido, pois contava com a participação de Andrea na campanha de Dilma. Comenta-se nos bastidores que o apoio do Caudilho fazia parte de uma acordo entre os dois. Delcídio pediria votos para Andrea na corrida ao Governo do Estado, e Andrea devolveria o favor apoiando Dilma.
Mas, como se pode ver, mais uma vez o "Senador de Todos"  foi ludibriado pela lábia do comandante do PMDB do Estado.
Apesar de todos negarem este acordo, o simples fato de o PT ter excluído o Senador da coordenação da campanha de Dilma no segundo turno e ter preferido Zeca do PT, Dagoberto Nogueira ( PDT-MS ) e até o Senador peemedebista Valter Pereira, deixa claro que Delcídio realmente fez corpo mole no pleito desse ano. E ainda por cima adotou a dobradinha Delcídio-Moka pelo interior do Estado.
Delcídio apostou em uma estratégia arriscada, contando com a aposentadoria de Andrea após seu segundo mandato, para ser o candidato ao Governo do Estado pelo PT em 2014. Se Zeca se elegesse, poderia tentar a reeleição, e assim prejudicaria os planos do Senador.
-Esquece o Dagoberto, que a dobradinha tá de pé...
Mas mesmo anunciando pela centésima vez sua aposentadoria, o Caudilho já anunciou seu apoio a Nelsinho Trad ou Simone Tebet para a vaga que ele deixará. E como ele alega não querer concorrer ao Senado, muitos apostam que Nelsinho será o candidato ao Governo e Simone ficará com o Senado.
E como pudemos ver esse ano, Andrea é capaz de tudo para eleger seus "cupinchas". Isso traz futuros problemas para os Senadores Delcídio do Amaral e Marisa Serrano ( PSDB-MS ). Ambos podem sair da disputa de 2014 sem o seu tão sonhado lugar ao sol.
Outra pendenga que está surgindo é a disputa da prefeitura da capital, pois Paulo Siufi, já deu sinal de que quer disputar a vaga em 2012. Que ele não iria ficar quieto diante da ascensão da família era outro fato previsível. Afinal, com Fábio Trad e Luiz Henrique Mandetta nas vagas de deputado federal, Marquinhos Trad ocupando cadeira de deputado estadual, e Nelsinho caminhando para a vaga de Governador, não seria justo o último membro da família ficar de fora. E vale lembrar que até Antonieta Trad vem ocupando vaga de suplente de senador.
Levando-se em conta todo esse quadro, pode-se chegar a conclusão de que Delcídio além de prejudicar Zeca do PT, nas eleições desse ano, pode ter complicado ainda mais o seu caminho para 2014.Foi um tiro no pé, como diriam os antigos.
Mas como é época de comemorar o Natal que vai se aproximando, todas essas manobras ficarão para os próximos anos.
Ficará para outra época também, pelo visto as providências para o caso do deputado "aloprado" Ary Rigo, pois este já apresentou atestado assinado por médico de São Paulo, e se afastou das atividades parlamentares durante os próximos dias. E como o deputado Maurício Picarelli ( PMDB-MS ), corregedor da Assembleia demora mais que o normal para apurar os fatos narrados pelo próprio "aloprado" em vídeos gravados pela Polícia Federal, pode ser que nem haja processo por quebra de decoro parlamentar. Quando questionado, se resume apenas a dizer que está seguindo o regimento interno da casa.
Então, resta ao povo esperar o próximo ano, pois este já está no fim. Mas podemos ser agraciados com um projeto polêmico sobre javalis aqui no Estado. Esse assunto parece atrair muito mais aos nossos políticos do que ética ou honestidade.
E como ninguém pode afirmar que até mesmo esse assunto terá solução rápida, por aqui até os javalis já estão cantando:
Então, é Natal.......
-Será que essa lei pega?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma Mulher de Verdade

Vampiro vs Terrorista
 Quem assistiu ao debate realizado pela Rede Bandeirantes de Televisão, com certeza esperava ver um candidato tucano muito mais seguro, e no controle da situação. Ao chegar, José Serra disse que iria enfrentar pela primeira vez Dilma Roussef "de verdade", sem que essa pudesse se esconder atrás de ninguém, referindo-se indiretamente ao Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Todos os tucanos que estiveram  presentes, chegaram envoltos em arrogância. Sérgio Guerra, Índio da Costa, Gilberto Kassab e Alberto Goldmanb, achavam que a experiência de Serra iria colocar a "zé-ninguém" Dilma no bolso.
Mas logo que começou o debate, Serra viu seus planos irem por água abaixo. Todos os trunfos que ele achava ter na manga não surtiram efeito na candidata petista. Serra planejava usar assuntos obscuros como o caso Erenice Guerra e aborto, mas ficou nitidamente sem fala ao ser surpreendido por Dilma que usou os 20 segundos finais de uma resposta para falar sobre Paulo Vieira Souza ( o Paulo Preto ), que teria desviado R$ 4 milhões da campanha peesedebista. Ele não tocou no assunto até o final do debate.
Até na hora de falar sobre o aborto, assunto que virou arma tucana para atacar Dilma, Serra foi rebatido de forma dura. Acabou tendo que confirmar que quando ministro da saúde criou uma norma técnica que autorizava ao Sistema Único de Saúde ( SUS ) realizar aborto.
Visivelmente desequilibrado, Serra alegou que Dilma estava agressiva, e que essa era a postura de uma candidata que estava no limiar da derrota. Puro machismo recalcado por parte do tucano, pois com certeza não estava acostumado a ver uma mulher falar em tom tão duro com ele. Aliás descendente de italianos, Serra se assemelha muito a certo Caudilho aqui do estado.
Mas a Dilma que se viu nesse debate era a mesma Dilma que ficou presa entre os anos de 1970 e 1972, na OBAN ( Operação Bandeirantes ) onde passou por sessões de tortura. Uma Dilma segura, forte, combatente, sem precisar da "sombra de Lula".
Muitos poucos sabem que, ao contrário do que diz a propaganda televisiva de Serra, Dilma lutou sim, contra o regime militar, participando inclusive do Comando de Libertação Nacional ( o COLINA ).
Estranhamente, tanto os tucanos quanto parte da imprensa nacional, ao falar de regime militar cita Serra como um herói, mas fala de Dilma como guerrilheira e criminosa. Dois pesos e duas medidas.
E mesmo quando Serra achou que Dilma já havia cessado seus "disparos", ela nocauteou de vez o tucano ao falar sobre a campanha caluniosa e difamatória de Índio da Costa.
A candidata poderia ainda ter falado sobre Mônica Serra ( chilena naturalizada brasileira, e esposa de Serra ) que saiu dizendo que Dilma "é a favor de matar criancinhas", e que dava o tom da campanha tão baixa que vêm fazendo os tucanos.
Mulherzinha mais charope, sô...
 No fim, enquanto Serra falava sobre sua já saturada carreira política, Dilma terminou dizendo que não está fazendo uma campanha pautada no ódio, ao contrário usa a tolerância, a maior virtude do brasileiro.
Vale lembrar que usar temas religiosos, está sendo comum do lado tucano, mas a petista já disse que " O Brasil não é um país de ódio religioso". Serra pelo visto, como anda bem pouco pelo Brasil ainda não descobriu a diversidade da religiosidade brasileira.
A única conclusão que se pode chegar com esse debate, é que mais uma vez a arrogância dos políticos ligados ao PSDB e ao DEM, subestimaram a capacidade desta mulher, que já mostrou ser realmente "experiente" o suficiente para continuar o que vem sendo feito no governo Lula. Ao contrário de Serra que num dia vai ao cartório assinar que não concorreria ao governo de São Paulo, para no outro sair como candidato.
É hora, agora de o povo brasileiro escolher entre os dois candidatos quem será o sucessor de Lula.
Sera o "Tucano de mil e uma Faces" contra uma "Mulher de Verdade".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nos tempos dos Caudilhos

Porca Miseria!!!
Caudilhismo é o exercício do poder político caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do Caudilho. Nada mais parecido com o que acontece hoje no Mato Grosso do Sul. Um grupo de políticos estaduais, há muito vem fazendo as vontades de um caudilho de sangue italiano, aqui no Estado.
E se levado em conta o resultado das eleições desse ano, podemos evidenciar que a população já se dobrou diante do poder econômico dessas figurinhas nada simpáticas. Além de temer ameaças como a perda de casas e programas sociais, geralmente concedidos a "cupinchas".
 E no que depender do governador eleito Andrea Puccinelli ( nome de batismo ), sequer haverá oposição ao seu governo, pois segundo ele, grupo de deputados eleitos na coligação rival já o procurou, na esperança de conseguir abocanhar alguns grãos da gorda panela de verbas concedidas aos parlamentares, todos os anos.
Na Assembleia Legislativa pelo visto, continuará a vantagem governista de 20 contra 4, pois acredita-se que os deputados eleitos pelo PT ainda sejam oposição ao governador, mesmo que sejam voto vencido na aprovação de projetos confusos, como vem sendo nos últimos anos. Os outros 3 deputados eleitos na coligação rival, são os que supostamente, procuraram o italiano para pedir perdão pela escolha feita na hora de compor as coligações que concorreram.
Como se não bastasse, Andrea conseguiu ainda colocar na Câmara, seu apadrinhado Edson Giroto ( PR ), e na Assembleia seu secretário de habitação Carlos Marun ( PMDB ).
Seguindo a linha da simpatia da população em relação aos caudilhos do Estado, temos ainda a "la bella donna" Simone Tebet de uma tradicional família árabe-brasileira, na vaga de vice-governadora. Já outra família caudilhista, os Trad além de reeleger Marquinhos Trad na Assembleia, conseguiu colocar Fábio Trad na vaga do aposentado Nelson Trad, e de quebra entraram Luis Henrique Mandetta na Câmara, e na suplência do Senador eleito Waldemir Moka ficou a primeira dama da capital Antonieta Trad. Dinheiro gasto, mas com retorno garantido.
E por falar em Senado, mais um motivo para Puccinelli comemorar, pois conseguiu eleger seus dois candidatos. O peemedebista Waldemir Moka e o petista(?) Delcidio do Amaral. Esse último inclusive fez questão de circular pelo interior ao lado de peemedebistas, alengando ser o "Senador de todos". Mas o que se viu mesmo, é que ele na verdade era "o Senador do Governador". Moka defenderá direitos de agro-produtores, pecuaristas e outros que costumam invadir terras indígenas alegando serem "terras produtivas".
Como surpresa ficaram de fora os deputados  Youssif  Domingos, ex-líder governista na Assembleia, e o veterano "aloprado" Ary Rigo. Pelo visto quando foi filmado dizendo que perderia apenas 3 mil votos, estava enganado pois perdeu 20 mil votos, metade dos que votaram nele em 2006. O Caudilhismo não permite tropeços pelo visto.
Eu não falo mais nada...
Resta agora sonharmos com as migalhas que poderão ou não cair em nossas bocas nos próximos anos não eleitorais. E acompanhar atentos as verborragias de nosso Governador, que aliás cairam nas graças da população.
Ou quem sabe até nos tornarmos  "cupinchas" de algum Caudilho aqui do Estado.

domingo, 3 de outubro de 2010

Politica em Mato Grosso do Sul



Em meio a enxurrada de denúncias, vídeos, gravações telefônicas, o eleitor sul-matogrossense chega ao dia 3 de outubro, com sérias dúvidas sobre o crédito de nossos políticos.

Nas últimas semanas, um vídeo gravado no dia 12 de junho pelo jornalista Eleandro Passaia, foi postado no youtube, contendo declarações no mínimo chocantes feitas pelo Deputado Estadual Ary Rigo. O vídeo cita políticos como o também Deputado Londres Machado, e o Governador Andrea Puccinelli ( nome verdadeiro do Governador nascido em Viareggio, região da Toscana, na Itália ).

Rigo, primeiro secretário da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, revela como funcionaria suposto esquema de corrupção no Estado, em que não só faziam parte os políticos citados, mas também o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Justiça.

Segundo o deputado, cada parlamentar não recebia menos que R$120 mil mensais, e que devolviam ao atual governador R$ 2 milhões. Andrea Puccinelli usava então de seu poder para "passar" para o MPE R$ 300 mil e aos desembargadores do TJ R$ 900 mil.

Após o "vazamento" do vídeo na rede youtube, o deputado ainda tentou se defender, mas não conseguiu dar explicações convincentes.

 O vídeo de Ary Rigo

O próprio governador deu em apenas poucos dias, 4 versões para o que teria visto no vídeo, mas não conseguiu explicar o que pode ter levado ao deputado ter dito tais "verborragias".
Antes o "deputado de palavra" agora é citado apenas com o "deputado Rigo".

Andrea já articula inclusive interpelar judicialmente o deputado falastrão, mas outro vídeo mostra Rigo alegando que Andrea não o teria abandonado, e que apenas teria sido forçado a fazer uma manobra para responder as cobranças feitas pela propaganda eleitoral do Candidato ao governo de Mato grosso do Sul Zeca do PT.

Muito provavelmente, o deputado se baseia ao dizer isso, que provavelmente o MPE deva continuar "fechando" os olhos para suas falcatruas, e que a intervenção judicial de Andrea não terá seguimento.

No meio disso tudo, entidades se mostraram revoltadas com as acusações e resolveram colocar a "boca no trombone", realizando várias manifestações pela cidade, inclusive na Assembléia Legislativa, não deixando os deputados realizarem a sua "novelinha" diária.

Claro, logo que soube das manifestações, o italiano de quatro costados providenciou uma "manifestação" de estudantes lideradas pela secretária pessoal de Carlos Marum contra o candidato Zeca do PT. Houve inclusive queda de braço ( para não dizer porrada ) entre os manifestantes.

Vale lembrar que, Carlos Marun, nascido em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, já foi diretor da Empresa Municipal de Habitação ( emha ) na obscura administração Andrea Puccinelli na prefeitura de Campo Grande, e que desde 2007 está no comando da Secretaria do Estado de Habitação e das Cidades.

Vale lembrar também que, Natielle Braga, líder da manifestação, foi a mesma que liderou grupo de jovens que se reuniram com Marun, dia 14 de julho, para apoiar sua candidatura a reeleição para deputado. Em outras palavras pessoas verdadeiramente "neutras" e que apenas defendem a "apuração dos fatos".

Como desgraça nunca é demais, Valter Pereira, senador do PMDB-MS, deu a entender com suas próprias palavras que Andrea "não tem lado, e que não se pauta pela ética". E por fim, reaparece um fantasma do passado obscuro do toscano, O ex- deputado Semy Ferraz que cobra da justiça apuração de uma armação tramada contra ele nas eleições de 2006, por Andrea Puccinelli Jr, Edson Girotto e Michel Jafar Jr. Todos a mando de Andrea.

Neste último caso, Edmilson Rosa, o Rosinha, assumiu toda a autoria do golpe, buscando inocentar o Governador.

Só resta uma certeza sobre tudo o que segue acontecendo em Mato Grosso do Sul, a de que se eu continuar publicando posts desse teor, logo estarei respondendo processos por "calúnia" e "difamação". Sorte que não sou jornalista.