domingo, 31 de outubro de 2010

O Antes e o Depois das Eleições 2010...

Há poucos meses, tudo indicava que José Serra ( PSDB ) seria o novo presidente da república. Dilma Roussef apareceu como a "candidata do Lula", e em uma pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em março de 2009, aparecia com apenas 11%, ao lado de Heloisa Helena. Na ocasião Ciro Gomes tinha 16% e Serra seria eleito com 41% dos votos.
Mas, durante o decorrer de 2009, Ciro acabou saindo da disputa, e Heloisa Helena acabou dando lugar a Plinio de Arruda Sampaio.
Enquanto isso, Dilma veio crescendo, crescendo, e começou a incomodar.
No primeiro turno tivemos 12 candidatos a presidente: Américo de Souza ( PSL ), Dilma Roussef ( PT ), Ivan Pinheiro ( PCB ), José Maria Eymael ( PSDC ), José Serra ( PSDB ), Levy Fidelix ( PRTB ), Marina Silva ( PV ), Mário de Oliveira ( PT do B ), Oscar Silva ( PHS ), Plinio Sampaio ( Psol ), Rui Pimenta ( PCO ), e Zé Maria ( PSTU ). De todos estes apenas 4 foram aos debates de televisão, o que é anti-democrático, mas ainda acontece no Brasil.
Com o passar dos meses, Serra se enrolou na campanha e acabou criando um inimigo perigoso dentro de suas próprias fronteiras: Aécio Neves.
Dilma começou a crescer nas pesquisas, e acabou passando a aparecer com mais intenções de voto que o tucano. Alguns institutos inclusive deram a vitória de Dilma no primeiro turno como certa, mas no dia 3 de outubro, a grande surpresa foi Marina Silva que obteve cerca de 20% dos votos, e forçou um segundo turno entre Dilma e Serra.
Só que Serra acabou acreditando que foi ele o grande responsável pelo segundo turno, e acreditou que ganharia a eleição. Acabou deixando de lado os outros estados, e fazia campanha apenas em São Paulo e Minas Gerais. E como nesse último estado tinha contra si, o magoado Aécio Neves, acabou ficando com menos votos do que acreditava.
Sergio Guerra ( presidente nacional do PSDB ), durante o segundo turno, agrediu de forma baixa e caluniosa os institutos de pesquisa, principalmente o Vox Populi. Usando termos de baixo calão, deixou claro que seu candidato ganharia, mesmo contra a vontade do povo representado nas pesquisas.
Campanhas caluniosas, táticas mesquinhas, declarações difamatórias, tudo foi usado pelos tucanos buscando enganar o povo, e tomar o poder a força. Até mesmo a chilena naturalizada brasileira Monica Serra foi as ruas vociferar contra a petista. Coisa realmente deprimente, ver uma mulher que se supunha a futura Primeira-dama, agir dessa maneira.
"Nos e-mails, contas do twitter, nas mensagens que fazem referência ao aborto enviados por essa campanha imunda nos assustamos diante do conteúdo e da percepção do quão baixa, agressiva e rasteira pode se levada a discussão sobre esses temas tão importantes. Fotos de bebês mortos sangrando estão expostas em alguns perfis de contas fakes no twitter, comunidades grotescas de estilo semelhante no orkut e textos horríveis mal escritos em letras garrafais xingam a candidata Dilma Rousseff de abortista, ‘assassina de criancinhas’, expressão que, segundo o Estadão, foi usada por Mônica Serra, esposa do candidato José Serra, num evento para evangélicos no Rio de Janeiro."
                                                                                             Luiz Carlos Azenha

A igreja entrou na campanha eleitoral. Não a igreja verdadeira, mas sim facções travestidas de igreja. Com panfletos, abordavam pessoas de todo o país, tentando transformar a adversária em um demônio.
Brincaram com assuntos sérios, como a fé e o homossexualismo, simularam agressões, inventaram mentiras sobre pré-sal e aborto, enfim, foram totalmente contra a democracia, buscando tomar o poder por força do medo e do ódio.
Uma pena, pois Serra se dizia o mais competente para comandar o país, mas na verdade, não soube sequer fazer uma campanha sem se sujar. Jogou toda sua "estória" pública pelo ralo. E não respeitou nem sua própria família, forçando até mesmo a esposa amada a fazer parte dessa triste página que escreveu em sua biografia, tão elogiada por tucanos e simpatizantes.
No fim, venceu o respeito, a verdade, e a vontade do povo brasileiro de seguir mudando.
Dilma já começou a trabalhar. E, como a roupa suja já foi toda lavada na campanha, resta agora passar e guardar bem lá no fundo do baú, as peças mais velhas, gastas, e que já foram muito usadas.

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