quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vai que cola...?

- Já abriu o pacote de maldades...
Logo após as eleições do dia 3 de Outubro darem a vitória ao Caudilho, o pacote de maldades foi aberto. Pelo menos essa é a opinião do deputado estadual Paulo Duarte ( PT ).
E se levarmos em consideração que a primeira grande "obra" do governador foi encaminhar projeto para prorrogação do imposto chamado Fecomp ( Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza ) à Assembleia Legislativa, pode ser que o deputado esteja certo.
O Fecomp nada mais é que uma sobretaxação do ICMS ( Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ), em 2%. O imposto é cobrado em cima de produtos considerados supérfluos, como jóias, obras de arte, TV a cabo, telefonia, Internet, bebidas alcoólicas, cigarros e outros.
O que ninguém poderia imaginar, é que em toda a sua "ânsia de erradicar a pobreza" o ítalo-brasileiro iria tentar de forma baixa e esquiva incluir no inciso III do art. 41, as operações com energia elétrica destinadas a comerciantes, industriais, produtores e consumidores.
Na esperança de que os deputados acreditassem que o projeto tivesse o mesmo texto do apresentado anteriormente, quando o imposto foi criado, os redatores do projeto incluíram a energia elétrica no projeto atual, e encaminharam a Assembleia.
Se o deputado Paulo Duarte tivesse seguido os mesmos passos do deputado federal Nelson Trad que assinou a inclusão de cachaça na cesta básica sem ler, com certeza estaríamos hoje com mais uma taxação abusiva nos bolsos.
E não podemos esquecer que o Caudilho havia dito durante a campanha eleitoral que iria diminuir os impostos. Tratou-se apenas de mais um estelionato eleitoral tão costumeiro de nosso atual governador, pois foi ele mesmo quem disse na eleição anterior que não acabaria com vários programas sociais do ex-governador Zeca do PT, mas deixou centenas de pessoas que se beneficiavam com o Restaurante popular, por exemplo, sem sua refeição diária.
-Essa letra pequena, aqui? Não, não é nada...
Logo após o deputado Paulo Duarte denunciar a jogada obscura da ala governista, Youssif Domingos defendeu os "técnicos" do governo que redigiram o projeto dizendo que era Paulo Duarte quem estava tendo uma interpretação errada do que estava escrito. Mas logo após o deputado Jérson Domingues retirar a matéria da ordem do dia, Youssif prometeu que o projeto seria redigido de forma a corrigir esse pequeno "equívoco".
Que Andrea Puccinelli considere supérfluos serviços e produtos como telefonia, TV a cabo e Internet, até podemos entender, pois fazendo parte da parcela elitizada da sociedade, ele talvez considere que a população mais pobre não tenha direito a usufruir dessas superfluidades. Mas taxar o serviço de distribuição de energia elétrica, foi talvez, mais uma das famosas atrocidades que costuma cometer, infelizmente pautado por 56% do eleitorado sul-matogrossense, que talvez não visse problema em pagar mais um ou dois impostos que pretendia-se que acabassem.
Quem sabe o italiano não estivesse saudosista das lindas luminárias e lustres do século XIX, tão comuns em sua terra natal. E com a taxação a mais na energia elétrica tivesse esperança em ver várias delas espalhadas pelo Estado.
Mas como essas luminárias teriam de ser importadas, o Caudilho poderia considerá-las supérfluas, e taxá-las também, e assim estaríamos no mais vasto breu.
Breu, inclusive, que ele esperava cobrisse os olhos de nossos deputados.
Sorte que pelo menos um deles segue o conselho do famoso "Picarelli do céu":
Não assine nada sem ler!
-O André falou que o Duarte lê demais...

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