sábado, 29 de junho de 2024

Simone é MDB com Lula e sem Inelegível

A ministra de Planejamento, Simone Tebet ( MDB ), declarou que vai apoiar a reeleição do correligionário Ricardo Nunes à Prefeitura de São Paulo e subirá em seu palanque, mas apenas quando o inelegível golpista, que rouba joias e falsifica cartões de vacina, não estiver presente.

A sul-mato-grossense também afirmou que espera que seu partido apoie a reeleição de Lula em 2026.

Pela proximidade que estabeleceu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que o apoiou, no segundo turno da eleição de 2022, Tebet já avisou ao seu partido que não subirá em palanques de bolsonazistas, mesmo que o MDB indique políticos a vice.

Questionada se subirá no palanque de Nunes, ainda que o prefeito receba o apoio do homem que não sabe nem comer farofa, Tebet sinalizou positivamente.

"Bolsonaro não estando (risos). A gente pode ir em dias diferentes”, respondeu.

Tebet classificou Nunes como um democrata. “Vejo Nunes como uma pessoa democrática. Ele é um democrata, com posicionamento provavelmente diferente em alguns aspectos que eu”, afirmou.

Tebet disse ainda esperar que seu partido apoie a reeleição de Lula, em 2026, o MDB deseja indicar um vice para Lula, como forma de evitar o retorno do que ela considera ser a extrema direita ao poder.

Não tenho dúvidas de que as forças democráticas estarão com o candidato mais forte a derrubar esse projeto nefasto. E, consequentemente, o único nome que me vem à mente, e por tudo que estamos preparando para o País, de melhora da economia, a gente fortalece o governo do presidente Lula. Eu não vejo outro caminho a não ser apoiar a reeleição do presidente Lula se ele for candidato”, disse.

Ela prosseguiu na defesa de uma nova frente ampla, similar à montada por Lula no segundo turno da eleição de 2022. 

O projeto de poder no Brasil passa pela questão de garantir o Estado Democrático de Direito, a democracia acima de tudo. Então, isso tem que estar acima das vontades políticas. Tem que ser o candidato que tem condições de ganhar da extrema direita. E estou falando da extrema direita, não da direita. Eu mesma sou uma pessoa de centro-direita na economia e de centro-esquerda nos costumes”.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Lula

Eu não queria dizer isso. Pode ferir sensibilidades, desmanchar castelos de areia, coisa e tal. Mas, que se dane. O fato, nu e cru, é que Lula vai sendo canonizado, imortalizado e santificado no altar máximo da glorificação histórica. Nem Che Guevara, nem Fidel Castro, nem Nelson Mandela chegaram perto dessa dimensão.
E essa consagração é insuspeita: não há maior prêmio nem maior insígnia do que ser perseguido e caçado com este nível de violência pelo aparelhamento judicial e financeiro em uníssono, com o auxílio de toda a imprensa e dos serviços de "inteligência" nacionais e estrangeiros. É o maior reconhecimento de uma vida que teve um sentido maior, léguas de distância do que a maioria de nós poderia sonhar.
Nem todos os títulos honoris causa do mundo juntos equivalem a essa deferência: ser perseguido por gente do sistema, por representantes máximos do capital, da normatização social e da covardia intelectual, gente que pertence ao lado fascista da história. Não há Prêmio Nobel que possa simbolizar a atuação democrática de Lula no mundo, nem todos os prêmios que Lula de fato ganhou ou recusou (a lista é imensa, uma das maiores do mundo).
Porque a honraria mesmo que se desenha é esta em curso: ser o alvo máximo do ódio de classe e o alvo máximo do pânico democrático que tem fobia a voto. Habitar 24 horas por dia a mente desértica dos inimigos da democracia e povoar quase a totalidade do noticiário político de um país durante 40 anos, dando significado a toda e qualquer movimentação social na direção de mais direitos e mais soberania, acreditem, não é pouco.
Talvez, não haja prêmio maior no mundo porque Lula é, ele mesmo, o prêmio. É ele que todos querem, para o bem ou para o mal. É o líder-fetiche, a rocha que ninguém quebra, o troféu, a origem, a voz inaugural, rouca, que carrega as marcas da história no timbre e na gramática. Há de se agradecer essa grande homenagem histórica que o Brasil vem fazendo com extremo esmero a este cidadão do mundo.
Ele poderia ter sido esquecido, como FHC. Mas, não. Caminha para a eternidade, para o Olimpo, não dos mártires, mas dos homens que lutaram e fizeram valer uma vida em toda a sua dimensão espiritual e humana.

TEXTO DE:
Gustavo Conde

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Campanha Laço Branco é aprovado na Assembleia do MS

As ações de combate a todas as formas de violência contra as mulheres ganharam reforço em Mato Grosso do Sul com a aprovação hoje (12), do Projeto de Lei 351/2023, Campanha Laço Branco, apresentado pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT). A proposta foi aprovada em segunda discussão e agora, caberá ao governador Eduardo Riedel (PSDB) fazer a sanção para que o Estado tenha a proposta como legislação.

O PL inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado a Semana de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres – Campanha Laço Branco. A data deverá ser celebrada anualmente neste período, em que está inserido o dia 06 de dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, instituído pela Lei Federal 489/07.

Na justificativa, o parlamentar cita o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, que registrou aumento nos casos de violência contra as mulheres no ano de 2022.

O dia de hoje, Dia dos Namorados, marca mais uma etapa importante do nosso trabalho e das nossas incansáveis lutas em defesa da vida. Uma vitória de homens e mulheres juntos em defesa da vida!”.

Segundo o deputado, foi uma média de 103 acionamentos, por hora, nos serviços de atendimento à mulher.

É extremamente importante instituirmos aqui no Estado esta data, para que os homens também se comprometam e se posicionem contra qualquer forma de violência contra as mulheres”.

Durante a aprovação em segunda votação da proposta, Kemp dedicou a vitória à esposa militante feminista, educadora e advogada Nancineide Cácia assim como o correligionário Zeca do PT para a esposa professora feminista, Gilda Maria. Tanto a esposa do ex-governador como Nancineide trabalharam em defesa pela implementação das primeiras delegacias de proteção às mulheres instaladas no Estado.

O projeto prevê a realização de ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção do tema, como palestras, cursos, oficinas, seminários, distribuição de material informativo, entre outras, sempre priorizando:
I – a realização de ações educativas com enfoque na conscientização da população sobre a importância da conscientização e participação dos homens na luta pelo fim da violência contra as mulheres;
II – o incentivo aos órgãos da Administração Pública Estadual, empresas, entidades de classe, associações, federações e à sociedade civil organizada para engajarem nas campanhas sobre o tema.

O Poder Executivo Estadual poderá buscar parcerias e firmar convênios junto às entidades, empresas e demais órgãos da iniciativa privada para a execução das ações de conscientização da Campanha Laço Branco.

HISTÓRIA
O movimento “Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra as mulheres” tem como lema “jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos diante dessa violência” e foi criado por um grupo de homens canadenses que se uniram em repúdio à violência contra a mulher, a partir de um massacre ocorrido em 1989, em Montreal.

Um homem de 25 anos invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica e ordenou que os homens se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Assassinou 14 mulheres a tiros à queima-roupa. Ele disse não suportar a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino. O crime mobilizou a opinião pública de todo o país. Além do símbolo do Laço Branco, eles também adotaram como lema jamais cometer um ato Violence Against Women – White Ribbon to contra as mulheres e não fechar os olhos diante dessa violência.

Projeto de Lei – O QUE DIZ:
Projeto de Lei Autor: Deputado Pedro Kemp

Inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul, instituído pela Lei nº 3.945/10, a Semana Estadual de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência Contra as Mulheres – Campanha Laço Branco e dá outras providências.

Art. 1º Inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul, instituído pela Lei nº 3.945/10, a Semana Estadual de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência Contra as Mulheres – Campanha Laço Branco. Parágrafo único. A Semana Estadual de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência Contra as Mulheres – Campanha Laço Branco, será realizada anualmente, em todo o território do estado de Mato Grosso do Sul, na semana em que estiver inserido o dia 06 de Dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, instituído pela Lei nº 11.489/07.

Art. 2º As ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção do tema objeto desta Lei poderão ser desenvolvidas através de reuniões, palestras, cursos, oficinas, seminários, distribuição de material informativo, entre outras, sempre priorizando:
I – a realização de ações educativas com enfoque na conscientização da população sobre a importância da conscientização e participação dos homens na luta pelo fim da violência contra as mulheres;
II – o incentivo aos órgãos da Administração Pública Estadual, empresas, entidades de classe, associações, federações e à sociedade civil organizada para engajarem nas campanhas sobre o tema objeto desta Lei.

Art. 3º O Poder Executivo Estadual poderá buscar parcerias e firmar convênios junto às entidades, empresas e demais órgãos da iniciativa privada para a execução das ações de conscientização da Campanha Laço Branco. Art. 4º O Poder Executivo poderá regulamentar a presente Lei no que lhe couber. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 06 de Dezembro de 2023.
Pedro Kemp Deputado Estadual – PT

JUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei faz referência ao dia 6 de dezembro de 1989, quando um homem de 25 anos (Marc Lepine) entrou armado na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá. Em uma sala de aula, ele ordenou que os homens se retirassem e assassinou 14 mulheres. Além de assassinar 14 estudantes (todas mulheres), o autor do massacre ainda feriu mais 14 pessoas, das quais 10 eram mulheres. Depois suicidou-se. Com ele, foi encontrada uma carta que continha uma lista com nomes de 19 mulheres canadenses as quais ele também desejada matar, sendo elas uma sindicalista, uma política, uma celebridade televisiva e seis policiais. Na carta encontrada junto com a lista, destacou que tinha raiva dessas mulheres por elas buscarem transformações sociais e por manterem os “benefícios de ser mulher”. O crime mobilizou a opinião pública daquele país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social.

Assim, um grupo de homens canadenses decidiu organizar-se para dizer que existem homens que cometem violência contra as mulheres, mas existem também aqueles que repudiam essa violência. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: “jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”. Assim, foi lançada a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaing): homens pelo fim da violência contra a mulher.

No primeiro ano de campanha foram distribuídos mais de 100 mil laços entre os homens canadenses, principalmente entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, semana que concentra um conjunto de ações e manifestações públicas em favor dos direitos das mulheres e pelo fim da violência. A Campanha do Laço Branco hoje está presente em todos os continentes e em mais de 55 países, sendo apontada pela ONU como a maior iniciativa mundial voltada para o envolvimento dos homens com a temática da violência contra a mulher.

O Anuário Brasileiro de Segurança pública registrou o crescimento em todas as formas de violência contra a mulher no ano de 2022. Os números revelam que os feminicídios cresceram 6,1%, resultando em 1.437 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres; as agressões em contexto de violência doméstica cresceram 2,9%, totalizando 245.713 casos; as ameaças cresceram 7,2%, resultando 613.529 casos; e os acionamentos ao 190 chegaram a 899.485 ligações, significando uma média de 102 acionamentos por hora. Além disso, registros de assédio sexual cresceram 49,7%, totalizando 6.114 casos e a importunação sexual teve um aumento de 37%, chegando ao patamar de 27.530 casos no último ano.

Já no 1º semestre de 2023, foi constatado o maior número já registrado pelo Fórum Brasileiro de Sergurança Pública (FBSP) de feminicídios e estupros de meninas e mulheres desde 2019. No âmbito do estado de Mato Grosso do Sul, tivemos um recorde histórico de feminicídio em 2022, registrando 43 feminicídios, sendo o maior número registrado anualmente desde a criação da Lei do Feminicídio, em 2015. Hoje, consta como o 2º Estado do país onde homens mais matam mulheres, com taxa de 2,9 casos de feminicídios por 100 mil habitantes, muito maior que a média nacional, que é de 1,4 mortes. Mais do que nunca, é fundamental que todos estejam unidos contra as violações de direitos humanos causadas às mulheres brasileiras.

Nesse sentido, os homens precisam estar cientes de que esta também é uma luta que afeta suas vidas, pois a violência atinge famílias, caminhos, histórias, comprometendo toda a sociedade. Dessa forma, diante do altos índices registrados e do aumento dos números a cada ano, é de grande importância a conscientização da sociedade e a união de todos no combate às diversas formas de violências praticadas contra as mulheres, motivo pelo qual solicitamos apoio dos nobres pares pra a aprovação deste Projeto de Lei.


Texto: Jacqueline Lopes DRT-078/MS

sábado, 8 de junho de 2024

Uma mulher com ovários de Liberdade

Maria da Conceição Tavares não passou pela terra para ser apenas mais uma peça da engrenagem. Ao contrário, dona de uma cultura ímpar, para nada negociou os seus princípios.

Nascida em Portugal, filha de um anarquista, que mesmo durante a Ditadura de Zalazar, abrigou refugiados da Guerra Civil Espanhola, chegou ao Brasil na década de 1950.

Sua maior virtude, além do conhecimento: nunca ter se resignado aos poderes estabelecidos, não abrindo mão da justiça social.

Seus ovários não lhe fizeram abaixar a cabeça, mesmo sendo sequestrada durante dias, em 1974, pelos órgãos de repressão da Ditadura Militar.

Cinquenta anos à frente do seu tempo, abriu caminho às mulheres brasileiras, principalmente na não submissão cultural, nem física. 

Com sua partida, o mundo fica mais triste e o Brasil, cada vez mais sem graça. 

Descanse em paz, GUERREIRA!

TEXTO DE:
Antonio Gonzalez

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Pantanal defendido por André Mendonça, pasmem!

Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal ( STF ), reconheceu nesta quina-feira (6) a omissão do Congresso na não aprovação de uma lei federal para proteger o Pantanal.

Com a decisão, o Congresso terá prazo de 18 meses para aprovar uma lei específica a para o bioma, presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Até a aprovação, a Lei da Mata Atlântica deverá ser aplicada nas medidas de proteção.

A questão foi decidida em uma ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República ( PGR ) em 2021. Para a Procuradoria, o Congresso está em estado de omissão ao não aprovar, desde a promulgação da Constituição de 1988, uma lei para proteger o bioma e regulentar o uso dos recursos naturais.

O ministro André Mendonça em um surto de consciência, como relator, apontou a conduta omissiva do Congresso e pediu um prazo de 12 meses para a criação de um legislação. O presidente da Corte, Luis Roberto Barroso pediu a ampliação para 18 meses de prazo.

O ministro Cristiano Zanin, criticado por bozonazis por ser "amigo de Lula", mostrou-se mais a vez um completo alienado nas questões mais básicas e divergiu do relator, alega do que o Código Florestal já Sérvia como lei de proteção.

Vivi para ter de concordar com André Mendonça e ter que mandar Zanin catar comunhão.

O placar ficou em 9 a 2.

Votaram com Mendonça, os ministros Flávio Dino, Nunes Marques, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Foram vencidos Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes.





Deputada Nikole Ferreira pede chupeta para André Janones

A deputada Nikole "Chupetinha" Ferreira foi vista hoje nos corredores da Câmara, correndo atrás do deputado André Janones aos gritos pedindo chupeta.

Os seguranças precisaram separar a confusão, pois Nikole repetia aos gritos:

"Janones eu quero, Janones eu quero, Janones quero mamar... me dá chupeta, me chupeta, pro neném não chorar..."

Coisa bizarra.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Privatização das praias brasileiras, por José Saramago (por assim dizer)

José Saramago, escreveu em Cadernos de Lanzarote, Diário III (páginas 147 e 148), o seguinte texto:

"A mim parece-me bem.
Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan,
privatize-se a Capela Sistina,
privatize-se o Pártenon,
privatize-se o Nuno Gonçalves,
privatize-se a Catedral de Chartres,
privatize-se o Descimento da Cruz de Antonio da Crestalcore,
privatize-se o Pórtico da Glória de Santiago de Compostela,
privatize-se a cordilheira dos Andes,
privatize-se tudo,
privatize-se o mar e o céu,
privatize-se a água e o ar,
privatize-se a justiça e a lei,
privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho, sobretudo se for o diurno e de olhos abertos.
E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional.
Aí se encontra a salvação do mundo...
E, já agora,
privatize-se também a puta que os pariu a todos."

Esse texto resume muito bem o sentimento que nos toma conta da alma, saber que até as praias querem privatizar neste Brasil.