“Não é tanto o que fazemos, mas o motivo pelo qual fazemos que determina a bondade ou a malícia.”
(Santo Agostinho)
Devoto de Santo Agostinho, o cardeal Robert Francis Prevost foi eleito pelos colegas e será conhecido a partir de agora como Leão XIV. A tão esperada fumaça branca que anuncia a eleição do novo Papa foi expelida da chaminé da capela Sistina, no segundo dia de conclave.
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. É também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.
De perfil discreto e voz tranquila, Prevost costuma evitar os holofotes e entrevistas. No entanto, é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco. Tem formação sólida em teologia e é considerado um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica.
Durante a internação de Francisco, Prevost foi o responsável por liderar uma oração pública no Vaticano pela saúde do então pontífice.
Em seu discurso já como Papa eleito, frisou bastante a palavra sinodal, ou seja, aberto a continuidade do Papa Francisco. Uma Igreja sinodal é uma Igreja relacional onde todo o povo de Deus caminha junto, onde todos, batizados, discípulos, missionários, qualquer que seja a sua vocação e a sua posição, se reencontram na interdependência e na mutualidade.
Durante sua passagem pelo Peru, país altamente católico, Prevost também ocupou cargos de destaque na Conferência Episcopal local e foi nomeado para a Congregação do Clero e, depois, para a Congregação para os Bispos.
Em 2023, recebeu o título de cardeal — função que ocupou por menos de dois anos antes de se tornar Papa, algo raro na Igreja moderna.
TEXTO DE:
Thiago Muniz
Nenhum comentário:
Postar um comentário