sexta-feira, 25 de julho de 2025

Dia do Escritor: o eu lírico do general golpista

No Dia do Escritor, nossa homenagem não podia ser para ninguém além de um autor de ficção de primeira qualidade.

O general da reserva Mario Fernandes.

Ele é autor da obra Punhal Verde Amarelo. Romance político escrito durante os planos da tentativa de golpe no Brasil, que tem como cenário o assassinato de políticos e juízes.

Em entrevista ao STF, Mario Fernandes, contou como criou a obra.

Ele estava em casa, em uma bela manhã, quando um pensamento tomou conta de sua cabeça: e se o governo matasse Lula, Alckimin e Alexandre de Moraes?

Então, ele passou a fazer uma análise de riscos sobre esta operação.

Na mesma manhã, ele foi até o Palácio do Planalto, onde, quando deu por si, seu eu lírico estava digitando em um computador todo esboço do romance.

Como ele tem problemas para enxergar direito, ele resolveu imprimir três cópias para revisar melhor o que havia escrito.

A primeira teria sido em fonte arial 12, e ele teve dificuldades de ler. Então, resolveu imprimir uma segunda, em fonte 14. O problema persistiu, e por fim ele trocou a fonte para geórgia 14, e ficou satisfeito.

Pegou seus papéis oficiais, e correu para uma reunião com o atual presidente, na época, Jair Bolsonaro.

Finalmente, quando chegou em casa, percebeu que havia perdido uma das cópias do esboço do romance. Que depois descobriu ter esquecido em cima da mesa do presidente.

Quando questionado então, sobre o fato de Bolsonaro saber da existência do rascunho da obra, ele foi rápido em negar.

"Bolsonaro não lê po*** nenhuma. Ele mandou o Cid limpar a mesa e jogou tudo fora..."

Pois é...

Que coisa, não?

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