sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Bella ciao, Bolsonaro

 

Jair Bolsonaro fez sua última live hoje como presidente.

Quase uma hora, eu assisti, tentando ouvir com uma real imparcialidade, até porque, caso ele dissesse qualquer frase mais afoita, iria ser como gasolina para apagar incêndio, considerando que, algumas pessoas estão tomadas por um ódio irascível pelo fato de Bolsonaro ter perdido às eleições.

Ele descreveu, sob a ótica tradicional da sua linha política, os avanços do seu governo, deu algumas pinceladas de críticas aos atos extremistas (ele sabe que a situação é sim perigosa), não incentivou a permanência em frente aos quartéis, mas agradeceu quem ficou sob sol e chuva.

Teve essa Live um tom de apagar de luzes e "tchau querido".

Não acredito em um levante político dele para uma provável disputa daqui quatro anos, já que eu sempre achei que ele foi o resultado da possibilidade de muitos se verem no tiozão que fala besteira e se justifica como verdadeiro e transparente, foi um acidente de percurso, acho que nem ele imaginava chegar onde chegou e, se duvidar, nem queria isso, foi no oba-oba mesmo.

A live foi um virar de página e fechar de livro para Bolsonaro, mas sabemos que ele criou pessoas que estão alteradas e essas pessoas irão exaltar seu nome, não sei até quando, mas irão.

Não tenho a ilusão de que num estalar de dedos o nosso Brasil será o paraíso, deixo essa ilusão para os que não querem ver as deficiências no meio das esferas públicas.

Lula enfrentará uma oposição ferrenha e cega, mas já demonstra que não lhe faltará apoio, pois muitos entenderam a expressão "Rei morto, Rei posto".

Boa viagem Jair e bom mandato Luiz Inácio Lula da Silva.


TEXTO DE:

Rosenmari Witwytzky



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