quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Carlos Ratazana Massa ataca Júnior Lima

O apresentador Carlos Massa, o Ratinho, disse recentemente que Júnior Limanão tem talento como a irmã Sandy”, que “nunca cantou de verdade”, que tem um grupo “que é uma bosta” e que sua manifestação política foi “bobagem”.

É preciso ir além do escândalo midiático: cada uma dessas frases, quando analisada sob à luz da ciência política, não traduz discordância, mas sim, discurso de ódio.

O que Ratinho faz é operar no registro da humilhação, tentando reduzir uma figura pública à insignificância, não por argumentos racionais, mas pelo ataque direto à sua identidade e à sua trajetória artística.

Isso não é crítica, isso é destruição simbólica. Isso é dircurso de ódio. É a certeza da impunidade que se vislumbra quando se tem um microfone que represente algum tipo de poder nas mãos.

O ataque não é à toa. O comunicador é pai de político, usa o microfone de palanque e age mais como um deles, do que como um comunicador que fala ou opera para todos os telespectadores.

Se você não pensa como ele, e é uma pessoa pública, cuidado! Pode se tornar um alvo e, a qualquer momento, ser xingado de “bosta”.

O nível é baixo demais.

Quando Ratinho diz que Júniornão tem talento como a irmã”, ele não está apenas emitindo uma opinião estética. Ele instrumentaliza a comparação como forma de aniquilação subjetiva: nega ao outro a legitimidade de existir artisticamente, amputando sua identidade e relegando-o a um eterno “apêndice” de Sandy.

Na psicanálise, isso se chama violência narcísica: negar ao outro a possibilidade de individuação.

Na política, é discurso de ódio porque não confronta ideias, mas inferioriza o ser humano. Não é sobre música: é sobre silenciar.

A frase “nunca cantou de verdade, quem canta é a Sandy” se agrava. Trata-se de um mecanismo clássico do discurso de ódio: reescrever a realidade para invalidar a experiência do outro.

Não se ataca a manifestação política de Júnior, mas sua própria existência profissional.

É exatamente assim que se fabrica a exclusão social por meio do ódio: pela negação da realidade e pela tentativa de convencer o público de que o outro “não é nada”.

E, quando diz que o grupo de Júnioré uma bosta”, Ratinho apenas fala de si mesmo.

TEXTO DE:
Alessandro Lo-Bianco

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