sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Golpe de Bolsonaro foi derrubado de forma silenciosa dentro das Forças Armadas

 

A cada novo episódio que vem à luz, as evidências de que uma ala legalista e garantista das Forças Armadas foi a grande responsável ao lado da atuação segura do atual presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, Ministro Alexandre de Moraes, por evitar um golpe de estado no Brasil.

É necessário dar o devido valor a estes heróis anônimos que defenderam o país da sanha de um projeto de ditador tropical, que sequer consegue comer uma farofa sem se sujar todo.

Vamos enumerar todas estas evidências, começando por relembrar a insistência do movimento farofeiro em tentar difamar o sistema eleitoral brasileiro.

Primeiro foram ataques às urnas eletrônicas, aos ministros que compõem o Supremo Tribunal Eleitoral, e por fim, tentativa de interferência na votação com ações da Polícia Rodoviária Federal contra eleitores na Região Nordeste.

Após o encerramento da votação que confirmou a derrota de Jair Bolsonaro, começaram as tentativas mentirosas de alegação de fraude. A imbecil falácia do código fonte.

Como nenhuma destas atitudes se mostrou efetiva, tentou-se apelar para outra tese imbecil, baseada na interpretação completamente equivocada do Artigo 142 da Constituição Federal. A ideia do poder moderador, defendida pelo jurista Ives Gandra Martins (tese que é motivo de piadas no meio jurídico).

O tempo foi passando e então criaram uma outra ideia que veio com status de "última grande cartada de Jair Bolsonaro". O uso do Parágrafo 10 do Artigo 14 da Constituição Federal, que prevê a impugnação de um mandato em um prazo de até 15 dias após a diplomação.

O grande e iluminado líder teria deixado que a diplomação de Luís Inácio Lula da Silva ocorresse de forma normal, para então lançar mão deste dispositivo constitucional. O que foi completamente ignorado pelos vagabundos intelectuais travestidos de jornalistas que disseminaram esta mentira, é o fato de que para que houvesse impugnação, deveria haver provas de fraude. Mas para eles a prova de fraude era somente a derrota de Bolsonaro.

Nada disso prosperou.

E então vem o grande final desta tentativa frustrada de golpe antidemocrático. Que deixa clara a ação de parte das Forças Armadas, que extinguiu toda chance de êxito do motim.

1 - Primeira evidência:

O discurso de posse do novo comandante da Força Aérea Brasileira, o Brigadeiro Marcelo Kanitz Damaceno. Ele disse que não se furtaria de cumprir a missão a ele delegada, "apesar da incompreensão de alguns mais próximos". Esta fala é evidência de que dentro da Aeronáutica havia uma ala que se recusava a aceitar a posse de Lula.

2 - Segunda evidência:

O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos se recusou a comparecer na cerimônia de posse de seu sucessor, comandante Marcos Sampaio Olsen. A justificativa é não "prestar continência" ao novo presidente. Essa insubordinação deixa evidente que havia sim, uma ala disposta a apoiar o golpe, e que foi anulada por outras lideranças.

3 -  Terceira evidência

A distribuição de nomes de comandantes das Forças Armadas à milícias digitais, no intuito de linchamento público na tentativa de intimidação. Tendo estes militares sido inclusive citados em canal de televisão ligado ao golpe de forma covarde.

4 - Quarta Evidência:

Esta a mais comprometedora e comprobatória de que havia uma organização composta pelo presidente da República, Ministro da Justiça, alas das Forças Armadas, órgãos de imprensa (ou o que equivale), e congressistas. A Polícia Federal encontrou na terça, 10 de janeiro, uma minuta de decreto para instauração de estado de defesa, na casa de Anderson Torres, ex-ministro da justiça, e atual secretário de segurança pública do Distrito Federal. O intuito deste decreto era inverter o resultado das urnas, dando a vitória ao candidato derrotado. Ou seja, fraude descarada e "legalizada".


CONCLUSÃO FINAL

Jair Bolsonaro realmente acreditava ser capaz de dar um golpe de estado. Para isso lançou mão de todos os tipos de artimanhas. Na sua última live aos seus fanáticos, ele mesmo disse que havia feito de tudo para reverter a posse do presidente eleito, porém, faltou "apoio de certas pessoas".

É óbvio, que os ataques ao Congresso, ao STF e outras dependências no dia 8n de janeiro, com facilitação da Polícia Militar do Distrito Federal, era a última tentativa desesperada de que as Forças Armadas fizessem uso do "Artigo 142" (eles realmente acreditam nessa idiotice).

Fica claro, que quem implodiu o golpe, foi uma ala conservadora das Forças Armadas que impediu que outra ala, traidora da nação prosperasse no intuito de surrupiar o poder no país.

Houve também um trabalho muito sério dentro da Polícia Federal, que resistiu a todo tipo de intimidação por parte do movimento farofeiro. O simples fato de que um documento tão comprometedor ter sido encontrado e divulgado, é prova de que a interferência orgânica na Polícia Federal, não impediu que profissionais sérios e comprometidos com a democracia atuassem dentro da instituição.

Parabéns a estes heróis anônimos do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e da Polícia Federal.

Como a grande imprensa silencia ante a esta resistência heroica, deixamos aqui o registro, na esperança de que no futuro a história possa dar o devido valor a este que pode ter sido uma espécie de campanha da legalidade moderna.

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