Do ponto de vista social, a medida ataca uma distorção antiga: a defasagem da tabela do IR que, ao não ser corrigida integralmente, ampliava a carga sobre rendas mais baixas. O ganho líquido pode reforçar o mercado interno e reduzir a sensação de injustiça fiscal que há anos alimenta críticas ao sistema tributário.
Ainda que o debate sobre o custo fiscal permaneça — com impacto potencial na arrecadação da União —, os benefícios imediatos para a renda das famílias e para a economia real dão ao projeto um peso político significativo. Se aprovada, a isenção será vista não apenas como uma promessa cumprida, mas como uma reaproximação do Estado com o trabalhador assalariado.
Esta é uma pauta tão delicada, que acaba unindo, mesmo que por força, governo e oposição.
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