quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Governadores Nazi querem Brasil a favor do MAGA
Bispo filmado de calcinha fazia investigação sigilosa
Bispo evangélico foi gravado usando calcinha e peruca loura.
Todos ficaram transtornados com o fato, porém, o bispo veio a público ao lado da esposa explicar o ocorrido.
O bispo estava diafarçado, realizando uma investigação secreta.
O bispo fazia uma investigação sigilosa para provar fraude nas urnas eletrônicas, além de tentar provar a trama internacional de aplicação de vacinas contra o Covid, que seriam responsáveis pelo contágio de comunismo que afeta o país.
Agora, com tudo explicado, o bispo volta aos cultos e pode continuar recebendo o dízimo dos fieis.
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Lei Magnífica
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes decretou hoje (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro.
Bolsonaro é aquele golpista que tentou destruir o pais em quatro anos de mandato, mas graças a Deus, falhou.
Nos corredores de Brasília está o maior burburinho. Tarcísio Areia Mijada está todo arrepiado lá em São Paulo.
Alexandre de Moraes teria aplicado a tal Lei Magnífica.
Desculpem, não resisti à piada.
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Entre a Fé e o Orgulho: Por que setores evangélicos têm dificuldade de abandonar o bolsonarismo
A resposta, ao que tudo indica, não é apenas política, mas também teológica e emocional.
O apoio maciço de igrejas a Bolsonaro não foi apenas uma escolha estratégica ou ideológica. Em muitos púlpitos, esse apoio foi apresentado como revelação divina, como se o voto no ex-presidente fosse um dever espiritual.
Líderes disseram ter "ouvido de Deus" que Bolsonaro era o "escolhido", o "rei Ciro moderno", o "ungido por Deus para restaurar o Brasil".
Afinal, seu nome (Jair) é o nome de um dos juízes de Israel, e seu sobrenome é Messias. Os pastores viram nisso um sinal divino, uma profecia. Jamais passou por sua cabeça que isso fosse talvez, uma mera coincidência. Ou quem sabe, na mais pessimista das análises, um engano do próprio Satanás para dividir a Igreja.
Nos anos anteriores, incluindo os dois primeiros mandatos do atual presidente Lula (que foi eleito como principal adversário da Igreja por esses mesmos líderes), o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil foi exponencial.
Com o recrudescimento do bolsonarismo dentro dos templos, esse crescimento se reverteu pela primeira vez em anos. Vários fiéis passaram a abandonar suas igrejas por não se reconhecerem mais em seus líderes que se tornaram abertamente autoritários e apostaram em discursos violentos e vingativos nos púlpitos.
Apesar disso tudo, muitos crentes ainda se entregam de corpo e alma a narrativa messiânica de Bolsonaro com fervor, orando e jejuando pela reabilitação de um homem que foi, aos olhos deles, investido de uma missão sagrada.
Abandonar o bolsonarismo, portanto, não é apenas romper com uma figura política. É admitir que se pode ter confundido uma convicção pessoal com uma revelação divina.
É reconhecer que, talvez, o discernimento espiritual falhou. E para um grupo cuja identidade está profundamente enraizada na certeza de que "Deus falou", essa admissão é dolorosa — beira o inaceitável.
Há ainda um fator psicológico importante: o orgulho espiritual.
A Fé cristã prega a humildade, mas na prática, reconhecer publicamente que se errou — e pior, que se errou atribuindo esse erro a Deus — é um fardo quase insuportável. Isso explicaria por que muitos líderes dobram a aposta: preferem reinterpretar os fracassos de Bolsonaro como perseguições ou provações, ao invés de considerar que talvez tenham sido enganados ou tenham errado no julgamento.
Esse apego ao bolsonarismo, então, não é apenas político, mas também existencial. É uma tentativa de preservar a imagem de infalibilidade que muitos ministérios constroem em torno de si. Se eu digo que Deus falou, e depois admito que errei, como poderei manter minha autoridade espiritual sobre os fiéis? Esse dilema é central.
Claro que há exceções. Pastores e líderes que, com coragem, voltaram atrás, pediram perdão e passaram a fazer uma autocrítica honesta. Mas eles ainda são minoria, e frequentemente sofrem retaliações dentro do próprio meio evangélico, rotulados como “desviados” ou “liberais”.
A permanência do bolsonarismo entre os evangélicos não pode ser compreendida apenas com categorias políticas tradicionais. Ela envolve questões de fé, identidade e poder espiritual. Para que esse vínculo se rompa, será necessário um movimento interno de honestidade, humildade e, acima de tudo, disposição para reconhecer que ouvir a voz de Deus exige também discernimento e autocrítica.
Talvez, mais do que um erro político, o bolsonarismo tenha sido um espelho incômodo que revelou algo que os evangélicos precisam encarar: a tentação de transformar convicções ideológicas em verdades divinas, sem passar pelo crivo da compaixão, da justiça e da verdade — valores centrais do Evangelho que dizem professar.
TEXTO DE:
Tarciso Tertuliano
quinta-feira, 31 de julho de 2025
Caso Zambelli, próximos passos
domingo, 27 de julho de 2025
As vísceras da cidade
I
A cidade não para. Ela nunca dorme, ela nunca termina. Ela é vendida para o mundo como o mais belo dos belos rostos, mas vista bem de perto tem sua pele bastante machucada pelo ser humano.
II
A cidade ganha novas tecnologias, os grandes prédios ficam mais modernos, os carros apressados são de última geração, as pessoas das classes dominantes ostentam suas novidades digitais. Ao mesmo tempo, certas coisas nunca mudam - especialmente quando o tema é degradação. Sim, porque a cidade é linda nas fotografias turísticas, mas é esgarçada à medida em que se avança em direção aos bairros mais populares e populosos.
III
A cidade é humilhada. Ou melhor, ela humilha boa parte de seus habitantes. A violência humilha as pessoas, os transportes de massa, o emprego precarizado, a desigualdade social, a falta de oportunidades, tudo isso compõe uma carga imensa de humilhação às pessoas, e muitas acabam não resistindo: aderem às drogas lícitas e ilícitas, ao fanatismo religioso e a outros recursos para tentar aliviar suas realidades brutais. Vários não aguentam e dão cabo das próprias vidas, mas este é um assunto estupidamente proibido.
IV
A cidade acaba sendo uma imensa frangueira elétrica num almoço de domingo, com milhões de pessoas fazendo o papel de cachorros, com os olhos bem arregalados, olhando e sonhando com pedaços de frango que nunca terão.
V
A cidade tem lugares lindos, mas eles não são para todos, mesmo quando têm acesso ou entrada franca.
VI
As coisas que nunca mudam. Os traficantes perigosos são levados para presídios federais, mas o tráfico continua estuprando, torturando e matando. A milícia também. Há lugares da cidade onde a polícia simplesmente não entra. Atravessar a cidade no fim da noite pode ser risco de morte, a depender do trajeto adotado.
VII
Acontece que essa também é a cidade das esmolas. Esmolinhas. Os políticos dão projetos de esmolinha para meia dúzia e acreditam ter mudado a cidade. O sonho do Carnaval é uma esmola para tanta gente tão sofrida. O sonho do futebol no Maracanã já foi uma grande esmola, mas o povo foi expulso de lá e agora se abriga em biroscas para poder vivenciar sua única alegria. Às vezes temos esmolas de grandes shows como os de Madonna e Lady Gaga, então o grande capital ganha, os trabalhadores minúsculos sobrevivem e ficamos esperando a próxima esmola.
VIII
A maior prova do descalabro da cidade está nas madrugadas, quando milhares de famintos tentam se abrigar na porta de agências bancárias. Lembre-se: toda vez que você vir uma pessoa em situação de rua desabada numa calçada à tarde, pode ser consequência da pessoa virar a noite acordada, com medo de ser morta, incendiada ou estuprada.
IX
A cidade está crescendo. Temos cada vez mais prédios, voltados para quem já tem apartamentos - a minoria. Surgem novos bairros devidamente gentrificados, onde o povo só aparece como camelô ou prestando os serviços condominiais. "
"O povo? Que se aperte nas favelas."
Nos bairros antigos, há cada vez mais lojas fechadas que nunca mais vão abrir.
Aliás, a própria rua que, no passado, era um palco de celebração da cidade, agora é cada vez mais mero percurso de passagem. As pessoas têm pressa. As pessoas têm medo. O celular virou o último refúgio das amizades numa cidade que já misturou muitos gênios em muitos bares, mas tirando os nichos da burguesia e alguns pontos esparsos, a vida na rua acabou. Ficaram apenas as pessoas oprimidas pela miséria.
X
"Miséria, miséria em qualquer canto, riquezas são diferentes."
"A morte não causa mais espanto."
A cidade ainda tem beleza sim. Ainda tem poesia. Contudo, as chances são cada vez mais escassas.
A cidade humilha as pessoas, não todas, mas a maioria.
Muita gente deu seu sangue e sua vida para que a cidade fosse de todos, mas isso jamais aconteceu, e não há esperanças de que o cenário mude.
Seria possível mudar a cidade para melhor, mas as pessoas que controlam o poder não têm o menor compromisso com o bem comum: parlamentares, empresários, personalidades, banqueiros etc. Nunca estiveram nem estão aí com nada.
XI
Cidade maravilhosa.
TEXTO DE:
@p.r.andel
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Morango do Amor, o capitalismo social
Dia do Escritor: o eu lírico do general golpista
No Dia do Escritor, nossa homenagem não podia ser para ninguém além de um autor de ficção de primeira qualidade.
O general da reserva Mario Fernandes.
Ele é autor da obra Punhal Verde Amarelo. Romance político escrito durante os planos da tentativa de golpe no Brasil, que tem como cenário o assassinato de políticos e juízes.
Em entrevista ao STF, Mario Fernandes, contou como criou a obra.
Ele estava em casa, em uma bela manhã, quando um pensamento tomou conta de sua cabeça: e se o governo matasse Lula, Alckimin e Alexandre de Moraes?
Então, ele passou a fazer uma análise de riscos sobre esta operação.
Na mesma manhã, ele foi até o Palácio do Planalto, onde, quando deu por si, seu eu lírico estava digitando em um computador todo esboço do romance.
Como ele tem problemas para enxergar direito, ele resolveu imprimir três cópias para revisar melhor o que havia escrito.
A primeira teria sido em fonte arial 12, e ele teve dificuldades de ler. Então, resolveu imprimir uma segunda, em fonte 14. O problema persistiu, e por fim ele trocou a fonte para geórgia 14, e ficou satisfeito.
Pegou seus papéis oficiais, e correu para uma reunião com o atual presidente, na época, Jair Bolsonaro.
Finalmente, quando chegou em casa, percebeu que havia perdido uma das cópias do esboço do romance. Que depois descobriu ter esquecido em cima da mesa do presidente.
Quando questionado então, sobre o fato de Bolsonaro saber da existência do rascunho da obra, ele foi rápido em negar.
"Bolsonaro não lê po*** nenhuma. Ele mandou o Cid limpar a mesa e jogou tudo fora..."
Pois é...
Que coisa, não?
segunda-feira, 21 de julho de 2025
PRETA
PRETA
Filha de Gilberto Gil, Preta carregava no sangue a música, a arte e a luta. Mas ela fez mais do que herdar — ela construiu. Cantou, encantou, enfrentou o preconceito com um sorriso no rosto e orgulho no peito. Preta foi resistência em forma de voz, presença e afeto.
Como mulher negra, ela nunca se calou. Falou sobre amor, corpo, autoestima e racismo com a coragem de quem sabia o peso — e o poder — de sua existência. Inspirou gerações com sua autenticidade, seu carisma inesquecível e seu compromisso com a verdade.
Preta era festa, mas também era firmeza. Era abraço, mas também era bandeira. E acima de tudo, era amor — pelo povo, pela arte, pela vida.
TEXTO DE:
Tarciso Tertuliano

PRETA GIL
Sempre gostei da imagem de Preta Gil; independente da época, enquanto ainda produtora no backstage ora como uma lagarta virando borboleta para a vida de cantora. Preta irradiava alegria, bom humor, plenitude, independência e criação. Uma partida tão precoce, ainda mais com os papéis invertidos onde eu fico mais chocado, os pais perderem seus filhos.
Preta foi fiel a quem lhe deu a mão, e agarrou-se com unhas e dentes na batalha contra a miserável da doença, foi uma guerreira evidenciando que era notório seu amor à vida. Quis que o destino a levasse.
Alô! Alô! Preta Gil, Aquele Abraço! Preta tinha swing, tinha sex appeal, clímax, tinha borogodó; independente de seu peso e altura, não importava, ela irradiava essas nuances de maneira natural, aos gordofóbicos de plantão aquele grande “fuck you”.
Preta não desistiu; suponho que mesmo sabendo que perderia a luta, não baixou a guarda. Uma guerreira igual a muitos que lutam contra essa doença. Vai fazer falta a sua presença, a sua alegria, o seu trio elétrico que encantava multidões, a sua ternura, o seu amor pela família.
Que os orixás a acompanhem e a guiem pelo equilíbrio espiritual. Axé!
TEXTO DE:
Thiago Muniz
domingo, 20 de julho de 2025
Preta Gil - voz que não se cala
Preta Gil — não apenas nome, mas cor, brilho, herança e luz.
Filha da música, irmã da coragem, mãe da alegria e da liberdade sem moldura.
Cantou amores sem vergonha, abraçou corpos com ternura, desafiou o mundo com a própria existência.
Foi tambor e bandeira, foi palco e protesto, foi riso e lágrima em verso aberto.
Hoje, o Brasil chora.
Mas é um choro que também canta,
porque sua voz ficou — nos refrões que dançamos, nas lutas que ecoamos, na lembrança quente de quem nunca se apagará.
Voa, Preta.
Teu som agora embala o céu.
E aqui embaixo, teu nome ainda pulsa — preto, forte, vivo, Gil.
O abismo entre Lula e Bolsonaro
Ainda que eu tenha uma caminhão cheio de críticas ao conciliacionismo crônico e às políticas neoliberais do atual governo, é sempre importante demarcar o abismo moral existente entre as figuras de Lula e Bolsonaro.
Lula, para além de sua brava trajetória de vida, quando foi preso injustamente não fugiu, não choramingou, não capitulou. Esperou, corajoso e de cabeça erquida, a hora chegar para provar sua inocência e se eleger novamente. É um brasileiro sério, com qualidades e defeitos como todos nós, mas que é honesto e adora seu país.
Bolsonaro, além de sua vergonhosa história, após se consolidar como o pior presidente da república brasileira - e olha que a concorrência por esse título é enorme -, falhou na tentativa da reeleição, não admitiu a derrota nas urnas e tentou um golpe de estado que, graças à sua insuficiência cognitiva, não se concretizou. Quando o plano ruiu e o então ex-presidente se viu totalmente exposto, resolveu escancarar sua covardia: choramingou, esperneou, criticou aliados, chamou seus seguidores de malucos, mentiu compulsivamente e protagonizou um dos mais vexatórios episódios da política nacional, ao fazer voz melosa e ensaiar um monte de gracinhas durante seu depoimento para Alexandre de Morais, que tanto havia amaldiçoado quando era presidente. Por fim, mostrou toda sua viralatice e ódio do Brasil ao arquitetar junto de seu filho e do governo estadunidense, sanções econômicas como parte de uma chantagem para tentar fugir da cadeia.
Diferente de Lula, Bolsonaro não é um ser humano com qualidades e defeitos. É um canalha, um fascista asqueroso, um lesa-pátria, alguém que provoca nojo em todas as pessoas com um mínimo de senso humanista e de coletividade.
Como comunista, não acredito na justiça burguesa e acho muito improvável que Bolsonaro fique na prisão por muito tempo, mas meu desejo é que ele é sua família apodreçam em uma cela fria, úmida, escura e fazendo péssima companhia aos ratos dos esgotos próximos.
TEXTO DE:
Alexandre Périgo
sábado, 19 de julho de 2025
Colisão de buracos negros desafia a ciência
Uma colisão cósmica acaba de entrar para a história! A fusão de buracos negros mais massiva já registrada acaba de acontecer.
E o evento formou um buraco negro com 225 vezes a massa do Sol.
Denominado GW231123, o evento ocorreu na verdade há bilhões de anos, mas só foi detectado em 13 de julho de 2025 pela rede internacional de observatórios LIGO-Virgo-KAGRA.
Dois buracos negros colossais colidiram no espaço profundo, liberando ondas gravitacionais — sutis ondulações no tecido do espaço-tempo previstas por Einstein — que eventualmente alcançaram a Terra.
O resultado: um novo buraco negro com mais de 225 vezes a massa do nosso Sol, tornando-se o maior do tipo já observado por meio da detecção de ondas gravitacionais.
Essa fusão não apenas quebra recordes anteriores de tamanho, como também desafia teorias tradicionais sobre a formação de buracos negros.
Ela levanta possibilidades intrigantes sobre uma população oculta de buracos negros de massa intermediária e força os astrofísicos a repensarem modelos de evolução estelar e colisões cósmicas.
A precisão de instrumentos capazes de detectar distorções menores que um próton comprova o alcance crescente da humanidade nos mistérios do universo.
Com o GW231123, o cosmos nos envia um lembrete poderoso de que ainda guarda muitos segredos à espera de serem revelados.
FONTE:
Colaboração LIGO-Virgo-KAGRA (Relatório de Detecção GW231123, 2025)
LEIA MAIS EM:
quinta-feira, 17 de julho de 2025
Tetra
“…Vai partir, vai que é sua Taffarel, partiu, bateu…Acabou, ababou! É tetra! É tetra! É tetra! O Brasil é tetracampeão mundial de futebol…”
(Galvão Bueno)
Faz 31 anos da conquista do tetracampeonato mundial de futebol pela seleção brasileira; apesar dos pesares do comando da CBF, ainda podíamos chamar de seleção brasileira, e não seleção de empresários. Tínhamos orgulho de assistir a seleção jogar, mesmo que fosse um mero amistoso contra um país inofensivo esportivamente; mas dava prazer em assistir.
E isso com um tabu de 24 anos sem títulos, o último tinha sido a épica seleção de 1970. A de 1994 não era épica, mas tinha disciplina tática, o que para muitos “entendedores” da época achavam uma seleção chata, burocrática, sem sal. Mas era uma seleção unida, que entrava em cada jogo com as mãos dadas, rito iniciado ainda nas eliminatórias da Copa antes da goleada em cima da Bolívia depois do vexame da derrota em La Paz. Ali foi a virada de chave para uma equipe vencedora. E ali ainda não tinha no elenco o que seria o protagonista principal para o tetra: Romário.
Parreira e Zagallo eram relutantes em convocá-lo; o consideravam rebelde demais e que poderia contaminar o resto do elenco. Mas a pressão popular e da opinião pública foram maiores e ele foi convocado para a última partida contra o Uruguai. O próprio Romário já declarou que esse jogo ele considera uma das maiores performances de toda a carreira dele. Dois lindos gols dele sobre a Celeste e a seleção partiu para os EUA mais confiante.
O resto é história, e das boas. Com direito a risos, polêmicas, dramas, recomeços e ressurgimentos.
E na final como em 1970, Brasil e Itália. Ninguém lembrava de 70, mas sim da tragédia do Sarriá em 82. Isso não afetou em nada os jogadores brasileiros. Foram 90 minutos mais 30 da prorrogação de puro sofrimento.
O Brasil jogou melhor no somatório geral mas talvez pelo nervosismo do tabu não soube ter sabedoria em finalizar com gols, até Romário perdeu os dele. Veio os pênaltis, e como disse Roberto Baggio numa entrevista há algum tempo, o chute dele para fora teve a ajuda do Senna, falecido ironicamente dentro do território italiano dois meses antes.
E não foi à toa que os jogadores o homenagearam com duas faixas pois meses antes a seleção havia se encontrado com Senna e ambos haviam prometidos conquistarem o tetra, a seleção pelo futebol e Senna na F1.
TEXTO DE:
Thiago Muniz
terça-feira, 15 de julho de 2025
Petrobras mais feminina
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Toma lá dá cá
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Vassalo
Por motivos óbvios, não vamos dizer isso aqui de maneira explícita.
Mas o vassalo da cara de areia mijada sabe onde pode enfiar esse boné, não é mesmo?
sábado, 5 de julho de 2025
O Liberal Constrangimento
É constrangedor quando um liberal confunde lé com cré e diz que "comunistas querem que um mendigo vá morar na sua casa".
Essa gente não faz a mínima ideia da diferença entre propriedade pessoal e propriedade privada.
Vamos ajudá-los a escapar dos grilhões da ignorância?
Propriedade tem, ao menos, 3 significados diferentes:
O primeiro está relacionado ao direito legítimo de usar algo de forma exclusiva.
O segundo se refere ao direito ilegítimo de explorar a posse de algo.
O terceiro, desdobramento do segundo, corresponde ao direito ilegítimo de possuir o que é produzido em uma propriedade do significado acima.
O primeiro caso pode ser traduzido como posse. Eu possuo o celular que uso agora para escrever essa postagem. Uso esse aparelho para trabalhar, para me deslocar e para me comunicar com os outros. Dividir sua posse atrapalharia consideravelmente minhas rotinas, portanto posso, de modo legítimo, reclamar sua posse exclusiva. Todavia seria bem diferente se eu tivesse mais um - ou vários outros - celulares para aluguel. Esses aparelhos adicionais já fugiriam desse conceito de posse e se classificariam nos dois últimos significados de propriedade, ambos ilegítimos.
Nós comunistas aceitamos a posse para uso de uma propriedade ou bem, isso é mais do que legítimo, é a chave para a atividade e até mesmo para a existência humana. O que combatemos é o exercício da propriedade não para seu usufruto, mas para a exploração de outras pessoas. É a famosa e infame propriedade privada de meios de produção.
No limite, há uma quantidade finita de bens que uma pessoa reclamar legitimamente a posse; uma casa, uma câmera fotográfica, um barbeador, algumas peças de roupas e por aí afora. Somente quando se tem mais do que se usa é que começam os problemas de legitimidade com o conceito de propriedade. É o senhorio que aluga 50 casas para viver como rico baseado na insegurança alheia, é o empresário que vive da propriedade da fábrica e dos produtos nela fabricados por trabalhadores explorados e assim por diante.
Sinceramente não sei se liberais são ignorantes ou desonestos por não enxergarem tais diferenças. No fundo, pouco importa; a depender de mim morariam num Gulag, com boas ou más intenções.
TEXTO DE:
Alexandre Périgo
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Guerra Fria no Futebol mundial
terça-feira, 1 de julho de 2025
O jantar romântico de Doria e Motta
sábado, 28 de junho de 2025
INSS: Nem Lula, nem Bolsonaro, mas Moro...
E não é que no curso das investigações sobre as fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS surgiu o nome do senador Sérgio Moro (Podemos)?
O nome do ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro apareceu junto com o ex-ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e o deputado Fausto Pinato (PP-SP) nos documentos e relatórios da Operação Sem Desconto, que apura as fraudes.
As citações a Moro envolvem mudanças nas atribuições administrativas do Ministério da Justiça, quando ele era o titular da pasta, para regular sindicatos e associações patronais e de trabalhadores. Segundo a PF, na gestão do ex-ministro foram feitas alterações que enfraqueceram sindicatos tradicionais e favoreceram associações assistenciais desconhecidas que estão na lista dos acusados de se apropriar dos recursos de aposentados.
O mesmo ocorre com Lorenzoni que, quando titular do Trabalho e Previdência, teve em suas mãos vários dos acordos para descontos de entidades investigadas por fraudes. Lorenzoni teria até mesmo recebido doações de campanha de uma dessas entidades. Vamos aguardar para ver se tem caroço debaixo desse angu!
sexta-feira, 27 de junho de 2025
Com as bênçãos de Teruel
terça-feira, 24 de junho de 2025
General iraniano morto está vivo
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Juíz aloprado não sabia de nada
A hipocrisia é o ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos ou intenções.
E está na moda no Brasil desde 2014.
O hipócrita da vez, é um magistrado mineiro que já escreveu artigo em 2018, se posicionando contra progressão de pena, apoiava uso de tornozeleira eletrônica como forma de moniorar crininosos, e mais oitras tantas opiniões duras contra os criminosos.
Mas não é que, ao se deparar com um condenado por tentativa de abolição de estado democrático, condenado a 17 anos, o magistrado deu para trás em todas as suas convicções?
E soltou o criminoso antes nesmo do prazo legal para obter direito à progressão de pena, sem que ao menos fosse utilizada tornozeleira.
Ao ser acionado pelo STF, o magistrado disse que não fez isso para ofender o Tribunal Superior, mas por um erro grosseiro.
Ele alegou que o processo veio voando e apareceu do nada no sistema da sua vara.
O magistrado disse que como não acompanha política e não assiste Globo, jamais soube que o processo fosse oriundo do Supremo.
"Nem mesmo fiquei sabendo de golpe algum, pouco vejo TV e não me interesso por política. Vivo trabalhando e quase não tenho tempo de ver minha própria família".
Tá explicado, então.
Mesmo não gostando de política, ele já era investogado por particopar de um conselho do governo de Minas sem autorização prévia.
Sabe como é... talvez não conhecesse as regras da magistratura também.
domingo, 22 de junho de 2025
O Vomitório de Donald Trump
terça-feira, 17 de junho de 2025
A Cascata da Casta para manter castos os seus ganhos
domingo, 15 de junho de 2025
(Tris)tirinhas do Nietzsche Tupiniquim
sábado, 14 de junho de 2025
(Tris)tirinhas do Thiago Muniz
quinta-feira, 12 de junho de 2025
Bolsonaro, a infâmia da República
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Trump e suas Trumpices
sábado, 7 de junho de 2025
Ódio Performático
Muito se tem falado sobre a condenação do "comediante" Leo Lins e, lendo as publicações, resolvi trazer um pouco do que pensa a filósofa e linguista Judith Butler sobre o que ela chama de discurso de ódio.
Primeiro, precisamos dizer que a condenação é mais que justa, uma vez que ele não foi censurado, ou seja, ele fez seu show e apenas está sendo julgado por coisas que ele mesmo disse.
Porém, como não achamos que a prisão é uma solução inteligente para nenhuma problema, achamos que 8 anos de cadeia não é a melhor medida de punição. Melhor seria que houvesse uma condenação reparativa.
Mas...vamos a Butler.
Na obra Discurso de ódio: uma política do performativo (1997), Butler faz uma reflexão crítica sobre como a linguagem pode ser utilizada como uma ferramenta de violência, opressão e exclusão.
Para ela, a linguagem é performativa e, por isso, ela não só fala sobre a realidade, mas ela constrói, reconstrói, molda, desfaz e refaz a realidade como ela nos aparece.
Partindo desse princípio, uma frase nunca é uma frase. Uma palavra carrega a performatividade histórica a qual ela está atribuída e o contexto no qual ela é explicitada.
Assim, uma frase, que se pretende piada ou não, nesse caso pouco importa, é capaz de escrever, criar ou reconstituir e restabeleces relações de poder, subordinando certos grupos minorizados.
Na prática, como a linguagem molda a realidade social e a identidade dos sujeitos, ela pode causar danos psicológicos, sociais e até físicos.
A palavra INVENTA a violência. A palavra MANTÉM a violência. Mas a palavra também pode RESISTIR À VIOLÊNCIA.
E isso talvez seja o mais importante agora: como as palavras não apenas descrevem, mas também produzem efeitos sociais e políticos, ideia que ela recupera de Michel Foucault, estaria justamente na linguagem o nosso potencial de resistência e ressignificação dentro do próprio discurso.
Disputar, então, significados da linguagem no espaço público é nossa trincheira para um mundo mais justo.
Sigamos.
TEXTO DE:
Luiz Antonio Ribeiro
- editor do Nota