quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Ódio do bem, continua sendo ódio

Tenho visto pessoas e canais de esquerda tentando justificar a surra que um professor levou em Brasília.

Um grande amigo me enviou um post sobre esse professor. O que aconteceu é que uma aluna, que se recusava largar o celular na aula, foi repreendida pelo professor. O pai da aluna foi na escola, invadiu a sala e esmurrou o professor na cabeça. 

Esse professor, Emerson, tem um canal no YouTube chamado 'Professor Opressor'. Ele é apoiador de Bolsonaro.

Há seis anos, ele fez um churrasco em sala, para comemorar a eleição de Bolsonaro. Os alunos comeram com ele.

A secretaria de educação do Distrito Federal abriu inquérito administrativo, e até o momento não emitiu decisão.

Depois daquele episódio, o professor não mais se manifestou em sala. 

Independente de você achar que bolsonarista tem que apanhar, esse professor não apanhou por ser bolsonarista.

Ele apanhou porque exigiu que o celular fosse guardado, já que é lei no Distrito Federal. Nesse caso, quem apanhou foi o professor. Se fosse numa manifestação, ele segurando bandeira de golpe de Estado, aí, é outro papo. 

Mas foi no ambiente escolar, e ele tinha respaldo legal. 

Quem bateu nele também não é um justiceiro de esquerda. O pai da moça, pelo comportamento violento e explosivo, muito provavelmente é outro bolsonarista.

E isso é típico deles. Se dois bolsonaristas brigam, eu como pipoca. Mas o pai não é herói de nada, e ali ele bateu num professor. Poderia ter entrado de arma, e matado. Então, a esquerda ia defender isso?

Algumas pessoas me disseram que a moça teria problema de visão e precisa do celular. A lei estabelece que no caso dela, não há exceção, devendo a escola fornecer meios e assentos próximos ao quadro e ao professor. 

Então vocês precisam avaliar melhor.

Se a meta é bater em bolsonarista, assumam, e façam isso numa manifestação. Lá estarão muitos bolsonaristas pra apanhar. Mas no exercício estrito de uma função, ou seja, nada do que o professor estava pedindo tinha caráter politico, então nesse caso, não se pode justificar a surra.

Professores já apanham muito.

Apanham do Estado, da PM, salários miseráveis, saúde mental destruída.

Vocês não deveriam justificar a surra num professor, porque vocês vão ultrapassar uma linha perigosa.

Lembrem-se que existem milhares de outros professores e professoras no país.

Organizem o ódio. 
Ódio bom, é ódio organizado. 

Não é bater em motoboy. É explodir o IFood.

Não é bater no bancário. É incendiar o Itaú.

Não é bater em professor. É aniquilar quem mantém a crise na educação.

TEXTO DE:
Anderson França

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